O Castelo e outras notícias

Esta semana foi marcada pelas notícias de Pedras Altas que mostram o encaminhamento de projeto de restauração do castelo de Pedras Altas. Em 14 de dezembro de 1923, falta pouco para o centenário, foi assinado o Pacto de Pedras Altas que, como já escrevi algumas vezes, mudou a história do Brasil. A Revolução de 1923 foi o movimento armado ocorrido durante onze meses desse ano no estado do Rio Grande do Sul, em que lutaram, de um lado, os partidários de Borges de Medeiros (chimangos) e, de outro, os aliados de Joaquim Francisco de Assis Brasil (maragatos). Quem quiser ler mais sobre esta história pode ler “O Castelo e o Pacto de Pedras Altas” no site “calameo.com/accounts/4808822”, onde estão o ensaio sobre o castelo e alguns livros deste que aqui escreve.

Saindo da notícia local para o âmbito planetário, andei lendo sobre as repercussões econômicas da guerra na Ucrânia. Como sempre acontece, as guerras tem muitas razões econômicas, não raramente acima das questões que supostamente justificariam as mesmas. Quem mais está perdendo, além das vidas perdidas e das incertezas na Ucrânia e na Rússia, parece ser a Europa. Ao entrar em conflito com a Rússia, ainda que alguns países estejam vendendo armas para a Ucrânia, e fazendo boicote os países europeus não comprar gás e outras fontes energéticas da Rússia. Com isso, o inverno frio na Europa será um problema já que a reposição não é fácil. Daí entra em cena os Estados Unidos, como fornecedor. Acontece que a energia comprada da Rússia é mais barata e a inflação na Europa é o desafio que vários governos enfrentam. Por outro lado, o embargo europeu aproximou a Rússia da China e da Índia e com isso aumenta o poder econômico dos países do Brics, recentemente ampliado, do qual participa o Brasil. O fato é que quatro em cada dez habitantes do planeta estão na China e na Índia.  Logo, a Rússia continua a Guerra sem maiores problemas com o embargo americano e europeu. Parece.

No Brasil, ainda estamos observando no noticiário muitas notícias tratando das falcatruas de quem deixou o governo. Está na hora do país focar mais no que será realizado no futuro. A notícia de que o orçamento de 2024 está sendo encaminhado com déficit zero é interessante mas o reajuste de 1% aos servidores públicos federais parece piada ou desrespeito. É claro que vai aumentar e poder ser jogada ensaiada, mas os servidores que passaram anos do governo Bolsonaro levando “zero” de reajuste esperam para o ano que vem, no mínimo a reposição da inflação.

Aos que acham que administrar com servidores públicos é ruim, digo que não lembro de uma única prefeitura que tenha quebrado, mas dia desses vou escrever alguns artigos mostrando como estão o desempenho de muitas empresas privadas. Certamente alguns vão se surpreender, mas apenas por um motivo, não pensam no assunto.

Valorizar quem trabalha prestando serviços públicos é necessário e sempre foi política de governos do PT.

 

ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*

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