O dia seguinte

No último domingo, vivemos a oportunidade de escolher as lideranças municipais no executivo e no legislativo. Nada de novo no executivo dos municípios da região, Bagé, Candiota, Hulha Negra, Pedras Altas e Pinheiro Machado, onde prefeitos foram reeleitos ou ex-prefeitos voltam ao cargo. Nas Câmaras Municipais algumas mudanças, mas o comportamento do grupo de vereadores muda pouco, uma vez que o grupo tem o perfil da sociedade que representa.
Olhando de longe, em Pedras Altas, Hulha Negra e Pinheiro Machado, o prefeito eleito era previsível desde a largada. Os adversários bem que tentaram, mas acabou se confirmando o esperado. Em Bagé e Candiota, a disputa era imprevisível e assim permaneceu, com o vencedor se descolando um pouco com a proximidade da eleição, em Bagé, ou só contando pra ver, em Candiota. Pedras Altas era o município onde se projetava que o prefeito seria eleito com larga margem e assim ocorreu.
Se no executivo a sociedade preferiu manter a maioria dos prefeitos (Bagé, Hulha
Negra e Pedras Altas, em Pinheiro Machado o prefeito não concorreu), o mesmo não se podedizer em relação às Câmaras de Vereadores de Hulha Negra, com mais da metade de renovação (cinco de nove) e Candiota, com quase 50% (quatro em nove).
Volto ao executivo. Prefeitos calejados, experientes, não significa que serão os mesmos que foram um dia, nem que serão melhores que nos mandatos anteriores. Tudo que será construído nos próximos quatro anos é futuro e este exige que se faça diferente.
James H. Hunter, escritor, consultor, instrutor e palestrante, escreveu que “No novo milênio, a cultura do poder será incapaz de competir com a excelência, a rapidez, a qualidade e a inovação…”. Espera-se que as novas lideranças compreendam o que o povo deseja de quem lidera o processo.
O editorial deste jornal registrou que os candidatos ousaram pouco em suas propostas, talvez com receio de que o povo não acreditasse. Houve quem tenha ousado, até com exageros. Agora, eleitos, os escolhidos, até o final do ano, podem ter a ousadia de apresentar ideias avançadas, projetos difíceis de serem realizados na íntegra no tempo de um mandato, apontar o caminho que o governo pretende seguir.
Um projeto ousado, para dar certo, precisa começar.

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