Tempo de incertezas

As notícias dos últimos dias andam focadas no presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Velho, Trump é daqueles que se acham mais homem que os outros e a todo momento precisa provar a si mesmo que é.

Trump é um sujeito velhaco conhecido que já se envolveu em muitas coisas desabonadores de qualquer conduta elogiável, mas é o que os Estados Unidos tem para ser presidente do país.

Não é de hoje que os norte-americanos elegem presidentes que o passado deles não recomendaria. Eleitor deles não são melhores que os nossos ao fazerem avaliações. Mas já falei aqui que Trump representa muito o perfil do povo que governa. E que transformaram os Estados Unidos em um país odiado em boa parte do mundo.

Trump aprecia estar em evidência, é eloquente, folclórico, charlatão, e promete o que vai fazer e o que não vai com a mesma cara de pau.

Em poucos dias de sua volta ao poder já ameaçou anexar o Canadá, a Groenlândia, a Faixa de Gaza, o Canal do Panamá, e até mudar de nome o Golfo do México. Aplicou taxas de importação pesadas para produtos do Canadá, do México, da China, e já voltou atrás em algumas decisões. Por outro lado, retirou os Estados Unidos de importantes setores na Organização das Nações Unidas e até parece querer acreditar que os Estados Unidos não precisam do mundo para coisa alguma.

“Trump faz o discurso da América Grande e os norte-americanos gostam deste discurso ufanista e fanfarrão.”

Não é bem assim. Ninguém é uma ilha era o título de um livro que eu li J.M.Simmel.

O problema maior dos Estados Unidos é que a cada ano que passa este país é menos importante no contexto global. Economicamente a decadência é permanente e faz tempo. Por outro lado, os imigrantes não são tão descartáveis como o presidente quer que o planeta creia. Taxar importações aumentará o preço de muitos produtos e a reação interna já começou.

Se na corrida espacial, que é mais importante na propaganda, que na prática, os Estados Unidos em décadas passadas marcharam quase em carreira solo, com alguma sombra da União Soviética, atualmente Rússia, China, Japão, entre outros, andam se assanhando por lá. E nem vou falar do fracasso da tal ida de humanos à lua depois de décadas. Parece que os Estados Unidos perderam a tecnologia dos anos 60 do século passado ou talvez nem tenham estado lá, como muitos suspeitam.

Trump faz o discurso da América Grande e os norte-americanos gostam deste discurso ufanista e fanfarrão.

Trump é potencialmente um ditador e com maioria na Câmara e no Senado poderá governar como se fosse, com poderes próximos do poder absoluto. Este tipo de perfil torna Trump potencialmente perigoso.

Trump também torna os líderes do Irã, da Coreia do Norte e do mundo árabe potencialmente perigosos.

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