Olimpíadas

Este final de semana encerra mais uma edição dos jogos olímpicos. Para quem gosta de esportes é uma pena que um evento dessa dimensão dure poucos dias.
Continuo escrevendo logo após o término do jogo de vôlei feminino que classificou para jogar a final. É muito bom jogar, participar, competir, mas melhor ainda quando ganhamos, mesmo que seja poucas vezes nestes jogos. Quem é atleta sabe o quanto é difícil estar na equipe que vai aos jogos olímpicos.
Em alto nível estadual só joguei xadrez e pouco tempo, não mais que quatro anos em dois momentos, na metade dos anos 1970 e no início dos anos 1990. Certa vez, num torneio onde estavam alguns dos doze que disputavam o campeonato brasileiro, joguei contra o campeão brasileiro e mais três. Perdi todas. Porém, ganhei, empatei e perdi jogando contra ex-campeões gaúchos quando fiz uns 50% dos pontos. A distância entre um bom atleta de nível estadual e os melhores do mundo é gigantesca.
Não vai faltar um que sabendo que nenhum treinador conseguiu me fazer correr (coisa de quem joga pouco) para ressaltar que só joguei bem em esporte que se joga sentado. Me saía bem no truco e este é mais versátil.
Pensa em saltar 2m28cm de altura. É quase a altura de uma rede de vôlei. Quando eu estava no ensino médio quem saltava bem passava 1m50cm e olha lá.
Sem fazer muito esforço, procurei jogar de tudo um pouco, futebol, vôlei, basquete, tênis, handebol, enfim, conheço as regras de muitos esportes. Porém, observo que a juventude se emociona menos com o esporte que em outras épocas. Uma catástrofe, para a vida, para a saúde, para as relações sociais.
O esporte é necessário, em todos os sentidos. Sempre ressalto que quando eu era prefeito todos os servidores jogavam futebol comigo, no meu time ou contra. Todos podiam dar um chute, uma cabeçada, uma cotovelada, um coice no prefeito. Enfim, estava ao alcance de qualquer um se “vingar” de algo que o prefeito tivesse feito e que o servidor não tivesse gostado. Nunca tive problemas. A integração pelo esporte entre os que ocupavam os cargos mais importantes e os demais era importantíssima na formação de uma equipe que tinha por objetivo maior servir à comunidade.
Jogar em equipe faz com que venhamos a acreditar nos amigos e relevar as suas deficiências e eventuais fracassos individuais que repercutem na derrota do coletivo. Amanhã é outro dia. No esporte, a derrota sempre nos ensina. É preciso aprender competindo e vivendo que é bom vencer, mas a derrota sempre nos ensina. O esporte é relevante na formação dos que serão os vencedores na vida.

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