Papo de Redação – 04/Out/2016

ANÁLISE ELEITORAL
Passado o pleito municipal é possível fazer um sem número de análises sobre os resultados. Nesta primeira edição após as eleições, vamos nos deter ao que julgamos mais importante. Nas próximas analisaremos outros aspectos.

ANÁLISE ELEITORAL DE CANDIOTA 1
A primeira coisa que fica do resultado de Candiota é que a população decidiu por permanecer com o atual projeto em curso. Se esperava entre os analistas de plantão, uma disputa mais acirrada, entretanto o prefeito eleito Adriano dos Santos (PT) abriu larga margem de votos, passando dos 1.000 de diferença do segundo colocado, o ex-prefeito de Pinheiro Machado, Carlos Ernesto Betiollo (PSDB), que ficou muito próximo da votação do terceiro colocado, Gildo Feijó (PMDB), numa diferença entre eles de 62 votos somente.

ANÁLISE ELEITORAL DE CANDIOTA 2
Sem o prefeito Luiz Carlos Folador no cenário como candidato, todos se acharam com chances de eleição, e por isso, a base governista se dividiu, pois vamos lembrar que PSDB e PDT governaram a cidade junto com o PT durante quase os sete anos e meio. O único partido de oposição mesmo era o PMDB. Mas a força de Folador e da militância do PT se fez sentir, principalmente na reta final de campanha, quando o atual prefeito entrou forte na disputa. O eleitor não entendeu o movimento tanto tucano quanto pedetista em se tornar oposição de uma hora para outra.

ANÁLISE ELEITORAL DE CANDIOTA 3
A renovação na câmara de vereadores chega a mais de 50%, isso não considerando que Danilo Gonçalves (PT) não se elegeu vereador na última eleição, tendo ficado suplente e assumido no lugar do titular Artemio Parcianello todo o período. Se considerar isso, passa de 65% o processo de renovação no Legislativo. Surpresa foi a não reeleição da vereadora Giselma Pereira (PT). Outra questão que chama atenção, é que dos nove vereadores eleitos, cinco deles são ligados de alguma maneira aos assentamentos da reforma agrária. Adriano, salvo alguma aliança futura de governabilidade, não terá maioria na câmara.

ANÁLISE ELEITORAL DE HULHA NEGRA 1
Um dos grandes mitos que foi derrubado nestas eleições em Hulha Negra é que se juntasse PT e PTB ganharia de Renato Machado, que tem na composição PP e PDT. Os números falaram isso, pois somados os votos do atual prefeito Erone Londero (PT) e da atual vice-prefeita Ester Köester (PTB) não chegam ao que Renato fez nas urnas. O povo hulhanegrense que há quatro anos pediu mudanças, novamente o fez este ano. Ficou claro, olhando os números, que uma parte do eleitorado antes de Ester, migrou para Renato.

ANÁLISE ELEITORAL DE HULHA NEGRA 2
A câmara de Hulha Negra teve uma renovação de um terço. Léo Kloppenburg (PP) não concorreu e os vereadores André Araujo, o Bexiga (PTB) e Elisete Brasil, a Maninha (PP) não se reelegeram. O prefeito Renato vai governar com maioria na câmara, tendo elegido dois vereadores do PP e três do PDT. O vereador reeleito Josias Vidarte (PTB), apesar de tecnicamente ser considerado de oposição, é amigo pessoal do prefeito eleito. O PT, que este ano tinha uma nominata aquém, conseguiu manter os atuais três vereadores. Outro registro importante é que o PDT voltou a ter três cadeiras.

ANÁLISE ELEITORAL DE PINHEIRO MACHADO 1
O PDT e o PSDB da Terra da Ovelha aprenderam a lição da última eleição e desta vez não marcaram passo, se unindo para derrotar uma aliança, que lutou ao longo da campanha em se descolar do atual governo de Felipe da Feira (PTB), porém não conseguiu. O povo pinheirense, queiram ou não, votou pela mudança, votou na oposição.

ANÁLISE ELEITORAL DE PINHEIRO MACHADO 2
A câmara pinheirense experimenta uma grande renovação, aliás se repete praticamente o que aconteceu há quatro anos. Dos atuais vereadores, apenas Renato do Caminhão (PSDB) e Jaime Lucas (PMDB) conseguiram se reeleger. Vale lembrar que dois vereadores concorreram a prefeito e vice (Rogério Moura e André Kisuco, ambos do PSB), mas assim mesmo cinco buscaram se reeleger e não conseguiram. O índice de renovação chega a quase 78%. Outra questão a ser lembrada é que a cidade novamente não elegeu uma mulher para o parlamento local. O futuro prefeito Zé Antônio (PDT) vai governar com maioria simples na câmara, quando possui cinco dos nove vereadores em sua base.

ANÁLISE ELEITORAL DE PEDRAS ALTAS 1
O ex-vice-prefeito de Herval, Bebeto Perdomo (PSB) fez tudo certinho para ganhar as eleições na Cidade do Castelo. Ganhou quem vinha trabalhando há muito tempo. A solução achada pelos tucanos em substituir o atual prefeito Fábio Tunes por Silvinho Marques não se mostrou eficaz. O prêmio de consolo para o PSDB pedras-altense talvez seja o surgimento de uma nova liderança, já que Silvinho é um jovem de apenas 27 anos. O prefeito eleito Bebeto, apesar de também jovem, já possui experiência e tem a missão de pacificar a cidade, que do ponto de vista político foi muito mexida nos últimos anos. Pedras Altas precisa de tranquilidade e união neste momento e esta é a grande missão do novo prefeito, papel que já vem sido cumprido em certa medida por Fábio Tunes.

ANÁLISE ELEITORAL DE PEDRAS ALTAS 2
Uma das câmaras mais polêmica do Brasil por assim dizer, que experimentou de tudo na atual Legislatura, quando só para ilustrar, dois vereadores foram parar no presídio – um por assassinato e outro por participar de um roubo a banco -, teve nesta eleição também alto índice de renovação. Dos nove que estão atualmente, apenas três se reelegeram, portanto com renovação de um sexto. Se espera dos nove eleitos uma postura exemplar a partir de 2017, pois o que se viu na atual foi um verdadeiro circo dos horrores.

ANÁLISE ELEITORAL DE BAGÉ
O que se viu na maior cidade da região foi algo acachapante. O PT e seus aliados foram derrotados fragorosamente depois de 16 anos de poder ininterruptos. Os mais de 75% de votos feitos por Divaldo Lara (PTB) são uma série de fatores interligados, desde o desgaste de todo este tempo de poder, a conjuntura nacional, a definição em última hora de quem seria o candidato e o trabalho de longo prazo feito por Divaldo, entre outros fatores. Junta isso tudo e dá mais de 75% dos votos.

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