Papo de Redação – 4 a 6/JUL/2023

Aproximadamente 350 estudantes das escolas públicas municipais de Ensino Fundamental de Pedras Altas realizaram o 1º Simulado com o Sistema de Ensino SIM – FTD. As provas foram aplicadas durante dois dias, uma semana depois de sair o resultado do sistema de avaliação de rendimento escolar do Rio Grande do Sul, referente a 2022. O município ficou com nota superior as expectativas, totalizando uma taxa de rendimento escolar de 88,2%.

O objetivo, segundo a secretária de Educação, Maria Eliana Nobre Azevedo, é diagnosticar o aprendizado dos estudantes e verificar em que nível estão para que as escolas possam traçar ações pedagógicas, junto com os professores e conforme a necessidade de cada estudante. Os simulados são mais um instrumento para acompanhar o aprendizado, já que a avaliação é uma análise interna da aprendizagem, ação na perspectiva de melhorar as condições de aprendizagem das escolas da rede municipal.

O vereador de Hulha Negra, Diego Rodrigues (Progressistas), gravou um vídeo com o deputado federal Afonso Hamm, também do Progressistas, divulgando uma emenda de R$ 200 mil para Hulha Negra. O valor, que deve chegar aos cofres públicos ainda este ano, terá como destino a Secretaria de Educação e Cultura (Smecd) de Hulha Negra para a compra de uniformes para a rede municipal.

Segundo o TP apurou junto ao Setor de Saneamento de Candiota, o município produz e é consumido 120m³ de água tratada por hora. Em 24h são 2.450m³, o que perfaz praticamente 2,5 milhões de litros de água consumidos todo santo dia. É muita água para uma população de apenas 10,7 mil pessoas. O sistema não possui hidrometria.

Para se ter ideia, esta quantidade de água tratada dá um consumo de mais de 233 litros por pessoa (sendo que nem toda a população possui acesso ao sistema de água tratada do município). A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda cerca de 100 litros de água por pessoa/dia para satisfazer todas as suas necessidades. Enquanto Candiota não controlar o consumo, não haverá água que chegue. Aliás, no momento que o planeta atravessa, economizar água, evitando qualquer tipo de desperdício, é um dever, sob pena de poder se caracterizar como um crime ambiental. Vale lembrar que a sede do município e a zona rural (assentamentos) estão passando por um período de racionamento neste momento.

Na última sexta-feira (30), durante um seminário promovido pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudo Socioeconômicos (Dieese), em Porto Alegre, para debater a transição energética justa, sendo boa parte dedicado ao futuro de Candiota, uma pesquisadora chamou a atenção como um problema para o desenvolvimento da cidade, a falta de um centro geográfico. O TP tem refletido já há algum tempo sobre esta situação, porém ainda com pouco eco, por vezes incompreensão, especialmente do poder público local – independente de governo.

Estabelecer de fato e direito um centro geográfico, ou seja, um lugar para chamar de cidade de Candiota, parece ser fundamental, inclusive na perspectiva do pertencimento. O espalhamento polinuclear é uma realidade que foi construída historicamente, mas isso não pode significar que não há um centro, uma sede, uma cidade constituída a partir da emancipação em 1992. Quem advoga que tudo é cidade de Candiota, num sentido bem amplo – abarcando até locais com características rurais para justificar, se abraça num bairrismo sem futuro. Seguir chamando a sede do município de Dario Lassance e tratando a localidade como vila ou bairro, não serve como modelo de desenvolvimento urbano, além de causar muita confusão em quem visita ou que cogita morar. Não é apenas semântica ou nomenclatura e sim uma ideia, uma filosofia, que restringe o horizonte de crescimento.

O endereço da página de Facebook da TV Câmara, segundo informações da presidência, sofreu uma invasão hacker na última semana. Conforme os técnicos, os invasores mudaram o e-mail de acesso e em seguida excluíram o perfil. Apesar do transtorno, o problema foi rapidamente contornado, contudo foi necessária a criação de um novo endereço: facebook.com/tvcamcandiota1, porém todo o conteúdo foi preservado.

A morte de uma pessoa neste fim de semana na BR-293, em Dom Pedrito, vítima de animal solto na pista, joga luz potente sobre o debate da gestão desta situação nos municípios da região.

O vice-prefeito de Candiota, Paulinho Brum (PSDB), tem uma missão importante na noite desta quinta-feira (6), quando vai se encontrar com o governador Eduardo Leite, seu correligionário. Ele vai tentar o apoio dele para a causa do não fechamento da Usina de Candiota (Fase C).

No dia 28 de junho, a pauta em Pedras Altas esteve voltada para a questão da energia elétrica. A Câmara de Vereadores e Vereadoras sediou uma audiência pública com representantes da empresa Equatorial, liderados pela executiva de relacionamento da equipe Marcia Veiga. Os trabalhos tiveram início com uma apresentação da empresa Equatorial e seguiu com a participação da comunidade, que fez reclamações acerca da demora nos serviços, principalmente.

Um produtor mostrou alegria pela empresa Equatorial estar presente com uma equipe no município. Ele disse que Pedras Altas possui dois grandes problemas, um deles estradas e o outro energia elétrica. “Quando se prepara para chover falta luz e ficamos pensando o porquê mesmo antes da chuva. Se ocorre um vento mais forte, falta luz. Ficamos esperando alguns retornos lá por 2020 quanto a melhorias para uso de aparelhos de irrigação e nada. O poder público, na época, através do prefeito Bebeto deu todo apoio. Entramos até com ação na época para fazer cobranças. Hoje em dia não se consegue investir em equipamentos para melhorar a produção leiteira, por exemplo, porque a energia não é suficiente. Tenho um histórico de 118 quedas de energia em um ano. É considerado alto, pois um ano tem 365 dias. Estamos esquecidos”, relatou.

Os representantes da empresa ouviram as demandas, confirmando que dos 1928 habitantes do município, possui 1.201 unidades consumidoras, sendo que 594 estão na área rural, locais dos piores indicadores de fornecimento. A equipe ainda lembrou que há 265 unidades cadastradas com baixa renda e ainda em potencial 141 famílias para a tarifa social, sendo necessária uma atualização.

Outro representante falou dos desafios da região, muito desgastada e bastante reclamação. Ele disse que a empresa está tentando mudar a percepção ruim, que algumas ações estão em curso como poda e deslocamento de redes, seletividade de proteção, trocas de postes e outros equipamentos, mas que a demanda é muito grande, não sendo possível resolver tudo de forma rápida. Ainda falou na instalação de novos alimentadores, sendo um vindo de Herval para melhorar o sistema e ser segunda fonte de suprimento para a região. O profissional citou a dificuldade com o sistema radial para achar o defeito quando ocorre um problema.

A presidente da Câmara, Nádia Venâncio, disse que há muito tempo a audiência era aguardada. Ela lembrou que o requerimento foi entregue por ela em 31 de março em nome de todos os vereadores devido as muitas demandas e faltas de energia, tanto na cidade como no interior que depende muito de energia. Nádia falou da importância da energia até mesmo para a comunicação no interior. “Os problemas de energia estavam insustentáveis. Mantínhamos algumas tratativas devido a demora no atendimento e caídas de chaves. Não tínhamos uma conversa direta, uma pessoa nos atendia. Ficamos bastante animados, dúvidas foram sanadas e esperamos agora agilidade no atendimento”.