UM NOVO PARTIDO

Para deputado e ex-prefeito de Bagé, PT deve ser refundado

Mainardi defendeu ideia hoje (4) pela manhã em aula inaugural

Mainardi defendeu ideia hoje (4) pela manhã em aula inaugural Foto: Divulgação TP

O programa do Partido dos Trabalhadores deve ser repensado e reelaborado à partir de profundos debates internos que apontem os eventuais erros cometidos e indiquem novos caminhos para a sua refundação. A opinião, do líder do partido na Assembleia Legislativa, deputado Luiz Fernando Mainardi, foi externada na manhã desta sexta-feira (04), em Porto Alegre, na aula inaugural do 3º Encontro Presencial do Curso de Especialização “Gestão estratégica em políticas públicas”, organizado pela Fundação Perseu Abramo.

Mesmo reconhecendo que os petistas devem se orgulhar dos avanços produzidos pelos governos nos três níveis da administração pública e pela atuação dos seus parlamentares, é necessário uma ampla reflexão para o reconhecimento dos possíveis desvios cometidos nos mais de 30 anos de existência do PT. “Perdemos a oportunidade de fazer isso na época do chamado “mensalão” e, agora, não podemos errar novamente”, justificou o parlamentar.

Para Mainardi é fundamental entender o País em que vivemos. “Em 500 anos de História, vivemos 350 num regime escravocrata. Somos marcados pelos golpes antidemocráticos patrocinados, via de regra, pelas elites conservadoras, detentoras do capital”, explicou.

“Temos motivos de sobra para ter orgulho do PT. Incluímos mais de 40 milhões de pessoas, geramos mais de 22 milhões de novos empregos, promovemos aumentos reais no salário mínimo, distribuímos renda, melhoramos a infraestrutura do País e, especialmente, criamos condições para que os mais pobres tivessem acesso ao ensino técnico e às universidades”, apontou o líder da bancada na Assembleia.

Reconheceu, por último, que muitas das reformas necessárias não foram feitas, como a tributária, a política e a da mídia, assim como criticou a tentativa de conciliação com outras classes sociais através de uma política de alianças equivocada, o que justificaria, em parte, o movimento que levou à derrubada da presidente Dilma e à tentativa de criminalização das condutas do ex-presidente Lula.

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