Campos secos e produção falhada formam o cenário nas propriedades rurais em Pinheiro Machado
O Executivo de Pinheiro Machado assinou o decreto de situação de emergência na última quarta-feira (4). De acordo com laudos técnicos emitidos pela Emater junto a levantamentos feito pela Secretaria Municipal de Agropecuária capitaneada pelo vice-prefeito Rogério Gomes de Moura, com parecer da Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil, Pinheiro Machado já soma mais de R$ 52 milhões em prejuízos, sendo R$ 918 mil na cultura de milho, mais de R$ 21 milhões com a soja e mais de R$ 30 milhões na pecuária.
Segundo dados levantados pela Corsan, neste período foram registrados 105mm de chuvas, enquanto a média história para o mesmo período é de 227,3mm.
De acordo com o vice-prefeito Rogério, a falta de chuvas regulares nos meses de novembro e dezembro de 2022 e agravada no início de janeiro de 2023, aumentaram o déficit hídrico no município. “Já tivemos em consequência da estiagem, danos humanos, ambientais e prejuízos econômicos e sociais. Em contato com produtores e técnicos, foram confirmadas perdas expressivas em plantações de milho, soja, feijão, além de prejuízos na pecuária, tanto na criação de gado leiteiro como de corte, além de dificuldade no abastecimento humano de água potável, queremos trabalhar para melhorar essa situação”, explica Rogério.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Pinheiro Machado, Júlio César Moreira falou ao TP que a situação é calamitosa. “Casos de falta de água para consumo, tanto animal quanto humano, porteiras abertas para que os animais achem água em algum lugar da propriedade, essa é a realidade”, falou.
No caso de lavouras, Júlio, disse que as perdas são visíveis. “Tem muitos casos de quem não pode fazer terra para plantar devido ao solo extremante seco. O milho em especial com diminuição muito significativa de não plantio. O STR juntamente com a Fetag estão vigilantes em relação a alguma sinalização dos governos Federal e estadual em apoios aos produtores”, relatou.
O prefeito Ronaldo enfatiza que o decreto busca minimizar os efeitos da estiagem. “Já havíamos comunicado os produtores do município que estávamos atentos à situação da estiagem e assim, mais uma vez estamos decretando emergência, visando buscar recursos para o município em especial ao homem do campo. Com o decreto homologado e reconhecido, os pinheirenses passam a fazer parte dos projetos de auxílios que por ventura venham ser abertos”, completa Ronaldo.
*Especial Estiagem
Confira outras matérias:
Municípios da região sofrem com os efeitos da estiagem
Falta de chuvas prejudica banhos na prainha de Candiota
Hulha Negra reúne documentação para decretar calamidade
* Originalmente este conteúdo foi publicado no jornal impresso
