OPERAÇÃO OFF ROAD

Polícia investiga suposto direcionamento em licitação na CRM e empresa rechaça possibilidade

Segundo a Polícia, nove mandados foram cumpridos em Candiota e Santa Cruz do Sul Foto: Polícia Civil/Especial TP

Durante esta segunda e terça-feira (14 e 15), a Polícia Civil, por meio da 1ª Delegacia de Combate à Corrupção (1ª DECOR), da Divisão Estadual de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (DCCOR), deflagrou a Operação Off Road.

Segundo a Polícia Civil, em seu site, a operação tem por objetivo investigar um suposto direcionamento licitatório e possível associação criminosa. A Polícia não citou, mas segundo reportagem de GZH, a licitação foi feita pela Companhia Riograndense de Mineração (CRM) na aquisição de três caminhões do tipo fora de estrada. Durante as ações, conforme a polícia, foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão nos municípios de Candiota e Santa Cruz do Sul, com apreensão de diversos celulares e documentos que subsidiarão a investigação.

Segundo o delegado Max Otto Ritter, responsável pelas investigações, foi apurado que, “durante a aquisição de bens para compor a frota de uma empresa de economia mista, veículos dos modelos Randon Perlini e RD 470, estes foram adjudicados pelo valor aproximado de R$ 2,1 milhões. Além disso, diversas ações apontam que uma empresa particular ofertou previamente os bens para a referida empresa, tendo a anuência dos diretores, e que, a partir deste momento, ocorreu uma série de atividades que culminaram com a empresa ofertante como vencedora do certame”.

Ainda conforme a Polícia, as investigações seguem para identificar todos os acusados por suposto delito licitatório contra a Administração Pública. Nomes de pessoas não foram divulgados.

PROCESSO TRANSPARENTE E REPÚDIO

Em nota assinada pelo diretor-presidente da CRM, engenheiro Melvis Barrios Júnior, a suspeita é infundada. “Foi um processo licitatório transparente, aprovado pelo Conselho de Administração, Diretoria Executiva e Jurídico. Os caminhões foram comprados abaixo do preço de mercado.
Há cerca de dois meses, respondemos questionamentos do Ministério Público, enviamos documentos. Estou aberto a questionamentos, faço questão de depor para esclarecer. Não teve direcionamento. Fizemos uma única exigência no edital, de que os caminhões tivessem, no máximo, 20 mil
horas de uso. Só isso. É uma exigência que protege a companhia. Portanto, essas suposições sem nenhuma fundamentação técnica e sem respaldo no direito administrativo, causam estragos a imagem da empresa e a honra dos servidores. Deixamos registrado nossa total repulsa a esse tipo de suposição e simplificação, contrariando a legalidade dos documentos existentes no processo de licitação com posterior compra dos caminhões Perlini e, também, nossa solidariedade aos empregados envolvidos de forma praticamente aleatória na referida ação”, destaca a nota.

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