FARDA E ROCK

Policial militar de Candiota divide rotina de trabalho na área de segurança com os palcos em apresentações de banda

Banda Asdra se apresentou no último fim de semana no aniversário de Candiota Foto: J. André TP

O gosto pela música e o objetivo de uma carreira profissional levaram o bageense Diego da Luz a conciliar os palcos com a farda, ao integrar uma banda formada em 2007 e depois ingressar na carreira de policial militar, a partir de 2009.

Hoje, ele integra junto a outros quatro amigos, a banda Asdra, formada oficialmente em agosto de 2022, e que teve o nome a partir da inicial dos componentes da época – Alan, Sergio, Diego, Richard e Adeildo (Asdra).

A banda ultrapassou as fronteiras da cidade mãe da região, Bagé, Rainha da Fronteira, e já completa quase dois anos de apresentações em Candiota. Atualmente, a Asdra é formada pelos bageenses Alan Silveira, 37 anos (guitarra solo), Adaildo Franco, 39 anos (contrabaixo), Diego da Luz, 37 anos (voz e violão), Richard Oliveira, 36 anos (guitarra base) e Fabiano Oliveira, 44 anos (baterista).

 

CARREIRA X BANDA

Diego da Luz é vocalista na banda Foto: J. André TP

No último domingo (24), data de aniversário de 32 anos de Candiota, a banda se apresentou em praça pública. A reportagem do TP conversou com Diego da Luz, para saber mais sobre a entrada para a banda e sobre a rotina com a carreira policial, visto ainda muitas pessoas da cidade ainda o conhecerem como o policial Da Luz.  Ele explicou que a banda surgiu em sua vida antes mesmo da carreira militar. “A primeira banda surgiu em 2007 e meu ingresso na Brigada Militar, em 2009. Ficamos sem tocar somente durante os sete meses de curso e já seguimos tocando. Me formei na BM e já fui trabalhar em Candiota. Inicialmente tocávamos somente em Bagé, sempre dividi muito o lado da banda do profissional como policial. Em Candiota eu sou o policial Da Luz, inclusive nunca tinha tentado tocar até 2022 quando realizamos a primeira apresentação para o público. Eu não misturava as coisas, mas acabou que a banda estava ficando boa e após alguns contatos e a aceitação das pessoas começamos a tocar em Candiota também”, relatou Diego que acrescenta de forma alegre que a banda Asdra já possui um público fiel que frequenta os shows, gosta da banda e ajuda bastante com divulgação.

Ele diz levar o trabalho e a banda de forma tranquila. “Muitas vezes meu trabalho na Brigada Militar é delicado pela rotina do serviço, mas enquanto banda é tranquilo. Às vezes estou de serviço e o pessoal pergunta quando vou tocar, aí tento disfarçar, digo pra verem a agenda nas redes sociais, pra separar o lado pessoal do profissional ao máximo. Todos já entendem”, frisou.

 

A BANDA E AS APRESENTAÇÕES

Diego lembrou que a banda Asdra trouxe para o grupo a ideia de um repertório comercial dentro do rock, de forma a abranger um público maior.  “A banda que iniciou em 2007 tocava rock e músicas próprias, chegamos a gravar um cd demo. Com a chegada a Asdra, decidimos que tocaríamos de forma que abrangesse mais público para chegar a aniversários e pubs . Foi muito positivo, começamos a tocar bastante em formaturas e casamentos. Em Candiota foi nossa primeira apresentação aberta ao público, em 2022. Já tocamos também no Birra, Bendito, Gardem e alguns eventos privados”.

 

MENSAGEM

 

Da Luz para alguns, apenas Diego para outros, conta ter começado a tocar violão ainda bastante novo e que era uma ótima forma de evoluir. “A música é rica em muitas coisas, comecei a tocar ainda bem novo, na adolescência aprendi a tocar violão e digo que foi muito bom como é até hoje, pra ter uma atividade diferente, que fazia evoluir, fazia pensar por gostar de escrever e tirar músicas novas, ocupava bastante o meu dia”.

Ele deixa uma mensagem. “Sugiro que o público jovem busque uma atividade como a música, é sempre positivo, com certeza vai trazer benefícios, mesmo que não integre uma banda ou não vá usar no futuro como profissão, mas pelo desenvolvimento e atividade. Hoje em dia vemos muitos pontos negativos quanto a nossa juventude, o que nos deixa tristes, e às vezes o que falta é algo que faça o jovem ou adolescente trilhar um caminho melhor. A música e o esporte podem trazer um benefício grande não só para o cidadão em si, mas para a sociedade de uma forma geral. Tendo cidadãos melhores, teremos uma sociedade melhor”, afirmou.

ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*

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