As eleições suplementares de Pinheiro Machado polarizaram a cidade. Com margem não muito grande de diferença, apenas 4,2%, entre o vencedor Ronaldo Madruga (Progressistas) e o derrotado Danúbio Peres (PDT), a campanha de pouco mais de 30 dias acirrou ânimos, o que é algo bem natural nestas ocasiões.
Entretanto, assim que o resultado foi divulgado na noite deste domingo (4), uma postagem no Facebook, de autoria de Everaldina Santos, que é diretora Financeira da Associação Assistencial de Saúde (AAS) – entidade mantenedora do Hospital da cidade, vem gerando uma enorme polêmica.
A postagem já apagada por Everaldina após a grande repercussão negativa, fazia uma comparação entre vencedores e derrotados em relação à Covid-19.
Nesta segunda-feira (5), pela mesma rede social, Everaldina se retratou. “Esclarecimento: Gostaria de esclarecer que não foi minha intenção em momento algum ofender, tripudiar sobre a pandemia, como comprovam as minhas ações dentro das acomodações criadas ao atendimento aos pacientes. Queria apenas fazer uma brincadeira, mas não fui feliz com minhas palavras. Nao sou de debochar da situação de quem quer que seja. Venho sofrendo ataques há tempos e foi uma forma de extravasar minhas mágoas”, escreveu.
O prefeito eleito Ronaldo Madruga, que é amigo pessoal de Everaldina, comentou no próprio esclarecimento dela. “Everaldina, já esclareceu os fatos e quem conduziu a interpretação de forma equivocada fez a leitura da pior forma possível, como sempre acontece. “Pimenta nos olhos dos outros é refresco”. Quantas vezes somos humilhados, injustiçados com inverdades e palavras cheias de ódio. Segue teu trabalho, propósito, te conheço e não faria mal ou desejaria para ninguém, é justa. Eu estou com você, bem como todas as pessoas do bem e Deus também”.
Nesta terça-feira (6), a polêmica chegou à Câmara, quando os vereadores da bancada de oposição, Magda Afonso (PDT), Renato Rodrigues e Fábio Dias (PSDB), publicaram uma longa carta aberta sobre o assunto. A carta foi lida na íntegra pela vereadora Magda. “Nós, como legisladores e representantes da voz popular, não podemos nos calar diante de tamanha falta de consideração e de solidariedade com as famílias das mais de 525 mil vidas perdidas para a Covid-19 no país, sendo 26 delas aqui, em Pinheiro Machado, e 20 ocorridas agora, apenas nos seis primeiros meses de 2021. Não há dúvidas de que nossa pequena cidade não escapou ilesa desta devastação (…). Uma instituição de saúde como o Hospital de Pinheiro Machado, deve ser apolítica. É extremamente reprovável quando seus gestores utilizam da função para promover o ódio partidário ou disseminar zombarias em redes sociais. Perde-se, assim, totalmente a confiança no trabalho que deveria ser imparcial, isento de dúvidas e equânime”, assinalam trechos da missiva, que após sua divulgação reacendeu a polêmica nas redes sociais em Pinheiro Machado.
