De acordo com o prefeito Divaldo Lara, um ato histórico ocorreu em Bagé na manhã desta quarta-feira (10). Foi entregue oficialmente para o município, o prédio ocupado pelo Clube Comercial desde 1937. Agora, o local faz parte do patrimônio da Prefeitura.
No ano passado, o governo local mostrou interesse em adquirir o prédio, situado na avenida Sete de Setembro, após dissolução que ocorreu no meio do ano de 2019, por meio de assembleia chamada por seus associados. Na oportunidade, ficou definida a avaliação de R$ 7 milhões pelo imóvel. Depois de todos os trâmites legais realizados na Câmara de Vereadores, o prédio foi entregue oficialmente ao município.
No evento, Divaldo falou sobre a aquisição. “Foi um dos melhores negócios já realizados na história da Prefeitura, além de que a finalidade do prédio seguirá sendo a mesma e as famílias poderão seguir utilizando o espaço como já ocorre há várias gerações”, destacou o chefe do Executivo, informando que toda a negociação foi aprovada pelo Ministério Público e pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE).
O prefeito ainda explicou que o valor para a compra do prédio foi conquistado através do pré-sal e que o recurso era específico para aquisição de patrimônio, não podendo investir em outras áreas. Outro anúncio realizado por Divaldo é que a próxima fase será a constituição de uma comissão que irá gerir a comercialização dos espaços internos, caso tenham interessados para montar um restaurante ou cafeteria no local, além do aluguel para festas e eventos.
A secretária de Cultura e Turismo, Anacarla Oliveira, comemorou a aquisição. “Será mais uma estrutura que poderemos utilizar para os mais variados fins, mas principalmente para a cultura, pois o local atende requisitos para apresentações musicais, espetáculos, exposições, dentre muitos outras, e não só da cultura, mas também de outras áreas”.
DÍVIDAS – O Clube Comercial possui dívidas tributárias e com o próprio município de Bagé, totalizando, aproximadamente, R$ 2 milhões. Estes valores serão pagos em uma figura jurídica chamada de assunção de débito, na qual a administração pública passa a ser a devedora das pendências, podendo parcelar em várias prestações e abatendo o valor que o clube deve para o município. Os outros R$ 5 milhões da negociação serão abatidos dos valores utilizados em contrapartida em emendas parlamentares, sendo investidos no próprio município nas áreas da saúde e educação. Ou seja, o valor não vai para o clube e sim é revertido para em benefício para a própria comunidade pelos próximos cinco anos.