Renato Machado atuou diretamente em 26 dos 31 anos de Hulha Negra Foto: Divulgação TP
O prefeito Renato Machado (PP), cumpre o seu terceiro mandato como prefeito de Hulha Negra. Governou a cidade de 2009 a 2012 e agora está no segundo mandato consecutivo (2017 a 2024). Antes disso, foi vereador no mandato inaugural do município (1993-1996), presidiu a Câmara, passou por várias secretarias de governo e foi oito anos vice-prefeito (2001 a 2008).
Assim, como já dito outras vezes, não há ninguém no município que tenha tantas passagens pela vida pública da cidade como ele. São 31 anos de emancipação, Renato só não teve participação direta em quatro. “Todos os cargos públicos que ocupei ao longo desses 31 anos, sempre fiz com muito carinho à nossa comunidade. São 26 anos de trabalho prestado. Aprendi muito ao longo desse tempo e uma delas é saber que é preciso ter paciência e traquilidade, porque as coisas chegam na hora certa. Se posso dar algum conselho para alguém seguir, é que na política precisa ter calma e muito diálogo, sempre mais ouvindo do que falando”, pondera.
Esta semana, o prefeito respondeu algumas questões formuladas pelo TP e fez uma avaliação da trajetória do município e da sua, que como referido, se confundem.
AVALIAÇÃO – Ele disse que é com muita alegria e esperança que avalia esses 31 anos. Também afirmou que outras palavras são importantes: “muita ação e responsabilidade, além de respeito profundo ao nosso povo”.
Ele destaca os avanços na educação – da creche ao ensino superior e diz que os números são expressivos no saneamento básico, com 90% de recolhimento do esgoto cloacal. Teve melhorias na iluminação pública, calçadão, o ‘hospital’ e as ruas estão bem avançadas na pavimentação, pontes e tantas outras conquistas.
Ainda ele se referiu sobre o asfaltamento do trecho entre a BR-293 e o frigorífico Marfrig Pampeano, que é um dos maiores geradores de empregos da região. “Ali uma grande parceria do governo do Estado, que reconheceu a importância desta empresa para Hulha Negra e todo o RS”, apontou.
ÁGUA E ESTRADAS – A água para o consumo humano é ainda o maior desafio, além das estradas do interior, que são mais de 1,4 mil km para se dar atenção, por onde passam, lembra ele, a produção agrícola e a educação, especialmente.
Sobre a água, que é maior preocupação do momento, Renato avalia que um avanço significativo neste sentido vai acontecer, que será a entrega da Estação de Tratamento de Água (ETA), localizada na Trigolândia, que receberá água bruta da barragem da UTE Pampa Sul. “Teremos mais tranquilidade na zona urbana, nesta parceria que construímos com a UTE Pampa Sul. Esta, talvez seja a principal obra, sem esquecer de outras conquistas”.
MAIS DIFÍCIL – Renato avalia que esta sua terceira passagem no comando do município de fato está sendo mais difícil, especialmente pela pandemia que atingiu o mundo todo e jamais havia sido enfrentado por essa geração algo parecido. “Fomos nos adaptando e conseguimos passar, mas além disso tem o desdobramento econômico, com os juros altos nas grandes economias do planeta. Mas aqui em Hulha Negra sempre mantivemos o equilíbrio financeiro. Primeiro juntar o dinheiro para depois ver aonde pode gastar e nas necessidades maiores, especialmente em saúde e educação”.
Sobre a estiagem disse que a região precisa se preparar, porque é rotineira. Avalia que é preciso caminhar para a irrigação, pois hoje apenas uma pequena parcela tem acesso a esta tecnologia. “Precisamos avançar para que todos possam ter irrigação, pois luminosidade nós temos, falta a tecnologia. Mas estamos caminhando para isso”.
FUTURO – Hulha Negra, conforme o prefeito, vai evoluindo para o futuro e vê bastante prosperidade, alertando que como foi até aqui, deve ter gestores responsáveis com os recursos públicos, com equilíbrio financeiro, pois, lembra, que Hulha Negra tem a menor arrecadação da região e, segundo ele, qualquer passo em falso pode determinar problemas graves para o município. “Se seguirmos assim, com esse equilíbrio, Hulha segue sendo uma cidade boa de se viver. É a cidade dos sonhos, pois é próxima de Bagé, não tão distante de Pelotas e Porto Alegre. Aqui temos boa educação, saúde, comércio satisfatório, povo ordeiro, amigo e receptivo. Se tivermos equilíbrio financeiro, nosso futuro está traçado. Assim o campo e a cidade estão juntos, caminhando em direção a mais progresso”, finaliza.
ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*
