EDUCAÇÃO

Projeto hulhanegrense Hora da Imaginação leva ensinamentos pelas redes sociais

Culturas locais também integraram o projeto Foto: Reprodução TP

Dezembro já chegou e com ele as últimas semanas de aulas. Em 2020 a pandemia ocasionada pelo novo coronavírus tirou alunos e professores das salas de aulas, transformando os moldes da educação. Assim como os alunos precisaram se adaptar a nova realidade e realizar atividades através de polígrafos ou outras pla­taformas digitais como foi o caso da rede estadual, os professores precisaram se reinventar.

A sala de aula e o quadro branco ou o tradicional de giz foi substituído pela sala de casa e a tela do celular ou computador para o preparo de conteúdos que contemplassem o conteúdo progra­mático da grade curricular escolar, tudo para que o conhecimento pudesse chegar até os alunos e os vínculos fossem mantidos.

Em Hulha Negra, um pro­jeto chamou a atenção durante o período. Com início nos primeiros dias de aulas presencias, o “Hora da Imaginação” resistiu e levou entretenimento e conhecimento aos pequenos estudantes da Edu­cação Infantil da escola Monteiro Lobato, a maior do município.

Idealizado pela profes­sora Mara Sirlei Miranda Back, o projeto foi abraçado também pelas professoras Josiane Dutra e Elizangela Soares da Fontoura, que através do Facebook da escola Monteiro Lobato, semanalmente passaram a chegar em todos os lares através de vídeos. Elas con­taram e dramatizaram histórias, ensinaram dobraduras, fizeram teatro e cantaram, levando uma infinidade de personagens e sons até os alunos. Desta forma, não só os pequenos, mas alunos de todas as idades viajaram nas histórias da Galinha Ruiva, procuraram ursinhos, conheceram o Sítio do seu Lobato e a Turma da Aninha, além de cantarem muitas músicas e conhecerem outras tantas histórias.

A reportagem do Tribuna do Pampa, que também foi atraída pela iniciativa, conversou com as professoras. Mara Back contou que o projeto no formato digital objetivou a continuidade de laços entre a escola, professores, alunos e familiares. “A rotina já estava comprometida e vimos no proje­to uma forma de distrair nossos alunos em meio à pandemia. Foi maravilhoso, a aceitação foi ótima, graças também ao apoio dos pais para que nossos vídeos chegassem até as crianças”, explicou Mara.

Mara Back em contação de história Foto: Reprodução TP

As professoras disseram ter sido um desafio a gravação dos vídeos. “O importante é que foi possível contar com a colaboração os nossos filhos, esposos e a pró­pria escola. Nunca tinha gravado um vídeo, mas nos reinventamos e acreditamos que o objetivo foi atingido, pois tivemos bons retor­nos até mesmo de alunos maiores e de seus familiares que até espera­vam pelo próximo vídeo”, contou Josiane.

Josiane Dutra dramatizando uma história Foto: Reprodução TP

Elizangela falou da trans­missão de conhecimento. “O ma­terial enviado aos nossos alunos de forma impressa era bastante limitado e precisávamos chamar a atenção das crianças, despertar seus interesses e gosto pela leitura, aguçar a criatividade, imaginação e desenvolver a oralidade”, con­cluiu.

Elizangela Fontoura em vídeo de música Foto: Reprodução TP

Comentários do Facebook