Nova assembleia aconteceu na manhã desta terça (10) Foto: Divulgação TP
Reunidos em assembleia na manhã desta terça-feira (10), os trabalhadores da Companhia Riograndense de Mineração (CRM)/Minha de Candiota, em greve desde o dia 2 de março, decidiram rejeitar por unanimidade a proposta enviada pela estatal.
Segundo o presidente do Sindicato dos Mineiros de Candiota, Moisés Rodrigues, a nova proposta foi aprovada pelo Grupo de Assessoramento do Estado (GAE) – órgão do governo do Estado que a direção da CRM é subordinada para a tomada de decisões como essas. “O governo propôs 2% de reajuste a partir de julho, somente sobre os salários e sem retroatividade, prometendo negociar as perdas no próximo acordo coletivo (2020/2021). A categoria rejeitou e segue paralisada. A proposta não contempla as outras cláusulas econômicas (vale-alimentação e auxílio creche e estudantil)”, informou.
Moisés lembrou que está marcada para esta quarta-feira (11), uma nova audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho da Quarta Região (TRT4), em Porto Alegre, quando o Sindicato espera que a proposta seja melhorada pelo governo estadual.
O jornal contatou a Assessoria de Comunicação da CRM, que afirmou que a direção não irá se manifestar por enquanto.
A greve completou uma semana nesta segunda, sendo que o impasse é sobre o acordo coletivo 2019/2020. Além das questões salariais, a categoria reclama que o novo acordo retira até a folga do Dia do Mineiro, comemorado anualmente em 4 de dezembro, bem como outros benefícios, segundo o Sindicato.
Os trabalhadores pedem as perdas inflacionárias do período (INPC) de 5,07% e a manutenção de todas as outras cláusulas do acordo ainda em vigência.
O movimento grevista garante que a adesão é praticamente total da categoria, sendo que 30% dos serviços essenciais (moagem e beneficiamento carvão) estão sendo mantidos. A Mina de Candiota abastece de carvão mineral a Usina de Candiota (Fase C), com capacidade de 350MW/h.
