Quase

Em 28 de julho escrevi que “Esta semana foi de colorado feliz, o Grêmio perdeu (para o Flamengo, na Copa do Brasil)”. Escrevi na época que o Grêmio era menos ruim que o Internacional. Hoje estão parecidos. Escrevi também que o Internacional havia trazido um goleiro com biotipo de goleiro, o velho Aranguiz e um atacante que não jogou em time grande coisa.

O tempo passou e o Internacional trouxe um certo Mallo para substituir o ridículo Bustos que na época eu descrevi como alguém que “apoia mal, chuta mal e defende mal”. O Mallo não é dos piores. Mas ainda há quem acredite em “De Pena”.

Quase acreditei que poderia ter errado, o que acontece de vez em quando com o que escrevo por aqui, mas o que tem tudo para dar errado normalmente dá. Quando chegou na hora do “vamos ver”, deu.

Valência nos mostrou porque nunca jogou em time grande. Teve três chances na “cara do gol” e errou todas. Numa decisão isto só pode ser fatal. Renê estava em dia de Renê, entregou no Maracanã e entregou de novo no Beira- Rio. Conferi o lance para escrever esta coluna e digo o que vi, se é que alguém não lembra do que viu, “chegou na bola do primeiro gol com todas as condições de tirar tranquilamente, errou em bola e botou a bola pra dentro”. Gol contra que o juiz deu para o atacante para não humilhar mais ainda o estabanado defensor. Neste primeiro gol Vitão já havia dado uma de Vitão, um bote no meio de campo onde não achou nem o atacante nem a bola.

O velho Aranguiz (34 anos) e o rodado Alan Patrick (32) sabem jogar, mas troteiam em campo. Só não troteiam mais que Marcelo e Felipe Melo, do Fluminense. Marcelo a trote jogou mais que qualquer jovem que havia em campo correndo. Mas quem explora a lerdeza da zaga do Fluminense? Seria um ataque com Wanderson, Ener Valência e Maurício? Provavelmente não. No campeonato Brasileiro estes três fizeram em média um gol por mês. Ao todo, juntos, fizeram seis gols em seis meses, Maurício (3) e Wanderson (3). Na semifinal da Libertadores, em duas partidas, nenhum gol feito pelos três. Deu a lógica. Na maioria das partidas do campeonato brasileiro os três juntos não fizeram gols.

Não fui ao jogo, vi pela TV, coisa que faço raramente em se tratando de jogos entre clubes brasileiros. Prefiro assistir aos jogos da Champions League. Andei assistindo ao Campeonato da Arábia Saudita. Não é por acaso que a seleção brasileira tem perdido seguidamente para seleções africanas que em outros tempos nem competiam quando jogavam com o Brasil.

Como consolo, melhor perder logo. Nem Internacional, nem Fluminense tem time para enfrentar o Palmeiras, mas em partidas de um jogo só, o Palmeiras quando escrevo ainda não jogou com o Boca, tudo pode acontecer. Certo é que, com este time o Fluminense, se ganhar a Libertadores, pode fazer fiasco no mundial de clubes.

 

ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*

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