TITULAÇÃO DE TERRAS

Reivindicação de assentados de Candiota vira projeto de lei estadual

Proposta de titulação das terras dos assentamentos do Estado tramita em regime de urgência na Assembleia Legislativa

Folador, Paulinho e Liziane estiveram esta semana na Assembleia conversando com o deputado Carlos Búrigo (MDB) sobre a tramitação do projeto Foto: Divulgação TP

Em 2020, um grupo de agricultores assentados de Candiota esteve na sede da Superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) do RS, em Porto Alegre, reivindicando a titulação terras. Eles foram assentados pelo governo do Estado.

Na época, a assessoria do então deputado estadual e hoje prefeito de Rio Grande, Fábio Branco (MDB) acompanhou o processo, bem como, o então candidato e hoje prefeito de Candiota, Luiz Carlos Folador. Ao fim se descobriu que necessitava de uma lei estadual para que as coisas andassem. Fábio Branco apresentou o projeto de lei na Assembleia Legislativa na ocasião.

Neste momento, o projeto de lei nº 437/2021, de autoria de Branco, está em regime de urgência na Assembleia. A proposta, nascida de um anseio de Candiota, segundo Folador, vai beneficiar cerca de 4 mil famílias no RS e muitas delas da região do Cideja, como Candiota, Hulha Negra, Aceguá, Pedras Altas, Pinheiro Machado e Piratini.

O projeto dispõe sobre a regularização fundiária de imóveis rurais utilizados para implementação do programa estadual de reforma agrária – projeto enviado pelo governo do Estado ao Legislativo.

TRAMITAÇÃO – Esta semana, segundo relatou Folador, ele e vice-prefeito Paulinho Brum, acompanhado da assessora do Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental dos Municípios da Bacia do Rio Jaguarão (Cideja), Liziane Jardim, mantiveram audiência com o deputado Carlos Búrigo (MDB), oportunidade solicitaram apoio na tramitação da pauta na ALRS. “Esta lei da titulação de terras é nova, não existe. Ela foi baseada nos mesmos moldes da legislação do Incra, e beneficiará inúmeros agricultores do Estado, possibilitando assim uma maior cobertura de crédito para as famílias, investimentos e progresso no campo. O processo de titulação definitiva dos assentamentos que são de abrangência do Estado é uma antiga luta. Lembro-me que por inúmeras vezes me reuni com assentados de Candiota, por vezes na chuva, e outras no sol, e o intuito era apenas um: a conquista real das terras. O título de domínio é um instrumento com força de escritura pública que transfere, de forma gratuita e em caráter definitivo, a propriedade do imóvel objeto da reforma agrária ao beneficiário. Como prefeito da amada Candiota, e um soldado como tantos outros da causa, preciso externar minha felicidade e minha esperança frente ao tema”, assinalou Folador, que também preside o Cideja.

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