POLÍTICA

Repasses financeiros de Pinheiro Machado ao hospital serão decididos na Justiça

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Há nove meses a Prefeitura de Pinheiro Machado não repassa valores para a entidade Foto: Divulgação TP

Nesta semana, conforme relato durante a sessão ordinária da Câmara de Ve­readores, os vereadores Fabrício Costa e Sidinei Calderipe (ambos do PSB), Gilson Rodrigues (PT) e Ronaldo Madruga (Progressis­tas) visitaram as dependências do Hospital de Pinheiro Machado. Segundo eles, o convite partiu da direção da Associação Assisten­cial Pinheirense – responsável pela administração.

Conforme destacaram, há um sinal de alerta em relação à atenção dada pelo município para a área da saúde, em especial o caso do hospital, principalmente diante do enfrentamento da pandemia do novo coronavírus. “O Executivo de Pinheiro Machado emitiu os seus decretos orientando e desig­nando a maneira na qual acredita estar conduzindo as ações para proteção da população, mas me causou muita perplexidade a situa­ção relatada durante a visita: já são nove meses de atraso dos repasses do município para o hospital. Vale lembrar que em casos confirma­dos da Covid-19, se necessário, é nesse lugar que os pacientes serão internados e a entidade sequer está recebendo suporte para isso”, alertou Fabrício.

Em contato com a diretora financeira, Everaldina Santos, ela confirmou para a reporta­gem o período de atraso e disse tratar-se de um valor mensal de R$ 32.746.45 não reajustado desde 2016. A administração do hospital acabou recorrendo aos meios jurí­dicos para tentar garantir a quantia.

Buscando explicações so­bre o atraso, o TP procurou o prefeito Zé Antônio. Segundo ele, o contrato está desatualizado e não está claro o que compete ao mu­nicípio. “O Estado repassa para o hospital um valor mensal que, se­gundo informações que eu tenho, é para fazer o que o município pa­gava para eles fazerem. A direção do hospital colocou o município na Justiça e acho que agora é o momento de resolver esse caso: se for a mesma coisa que o Estado paga, não tem porque o município pagar; se não for, vamos fazer um novo contrato, porque de forma nenhuma vou prejudicar o hospital e também entendo que temos que investir de alguma forma lá, mas temos que saber ao certo quais são esses serviços que não estão bem claros no contrato antigo”, finalizou.

Retornando o contato com a direção da entidade para tentar entender o que compete ao Estado e ao município, para a reporta­gem Everaldina se disse surpresa com a justificativa do prefeito. “No contrato consta o serviço de complementação para urgência e emergência, porque o que vem do Estado não é suficiente para cobrir e o município fica com essa obrigação para poder manter o atendimento 24h. Acredito que o que falta é vontade, eles sabem que os gestores dão outros passos para manter o hospital de pé, como graças a Deus está, e eles têm esse descaso. Não quero brigar, quero o que é de direito do hospital – que está bem, mas pode ficar ainda melhor para atender a população”, argumentou.

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