Educandário, localizado na Vila Residencial, não teve alunos nas salas durante esta semana Foto: Silvana Antunes TP
Está sendo aguardado pela equipe diretiva da Escola Estadual de Ensino Médio Jerônimo Mércio da Silveira, localizada na Vila Residencial, em Candiota, bem como pela 13ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), o laudo estrutural por parte da Coordenadoria Regional de Obras Públicas (CROP), acerca das condições elétricas do educandário, fator que vai viabilizar o retorno das aulas no prédio.
Isso porque o local precisou passar por reparos na rede elétrica, após ter apresentado um problema elétrico ocorrido na noite do dia 6 e que resultou na suspensão das aulas – inclusive nos três turnos da última segunda-feira (9), situação que levou a realização de uma assembleia com a comunidade escolar, organizada pelo Círculo de Pais e Mestres (CPM) e a decisão, por parte do grupo, de que enquanto não houvesse segurança estrutural, os filhos não frequentariam as aulas.
O Tribuna do Pampa acompanhou, durante a semana, a situação. Em conversa com a diretora da escola, Maria Elaine Escoto da Fontoura, na terça-feira (10), ela relatou o que havia ocorrido e que o reparo na rede estava sendo observado. “Ontem (segunda), pela manhã, houve novamente um barulho ali na rede e o eletricista responsável aconselhou que o mais prudente seria hoje ficarmos em observação para ver se realmente o problema na energia havia sido solucionado. Estamos na escola toda manhã, até agora não tivemos problema nenhum, está tudo funcionando normal. Ontem relatamos essa questão e os pais, por conta, resolveram não enviar os alunos e concordamos com essa decisão por questão de segurança. Agora, aguardamos o posicionamento da Coordenaria, ao qual somos vinculados, para novos procedimentos”, disse a diretora na ocasião.
A diretora ainda havia destacado ao jornal haver compreensão quanto à preocupação da comunidade escolar no que se refere a segurança dos alunos. “Não estamos falando de uma classe ou uma cadeira quebrada, de um lápis, da ausência de uma borracha, estamos falando da vida das pessoas, de crianças, de gente dependente de adulto. A situação estrutural da escola já vem de anos e hoje sofremos as consequências de ações que deixaram de ser feitas. Percebemos com muita tranquilidade e respeito toda a forma de manifestação da comunidade escolar que é excelente, bem intencionada, esclarecida, respeitosa e parceira da escola Jerônimo”, manifestou a diretora.
Um manifesto aconteceu em frente a escola Foto: Divulgação
O TP também contatou a 13ª CRE, que compareceu na assembleia realizada na escola e tem acompanhado de perto a situação vivenciada. Até o fechamento desta edição, segundo a assessoria da CRE, a escola havia chamado um eletricista para avaliar a situação e aguardava o resultado do laudo. A equipe estava ciente de todas as ocorrências e aguardava orientações da Secretaria de Educação do Estado quanto à adequação do calendário escolar.
Importante lembrar que um novo espaço para realocar a escola de forma provisória já foi conseguido – o antigo hotel que pertence hoje a Âmbar Energia, em razão dos muitos problemas estruturais apresentados pela escola Jerônimo Silveira. A comunidade, durante manifesto em frente a escola, também pediu pela agilidade dos trâmites burocráticos para que a transferência da escola para o novo espaço acontece em breve enquanto ocorre a obra de reforma da escola.
REUNIÃO
Segundo nota publicada pela Prefeitura de Candiota, nesta quinta-feira (12), o prefeito em Exercício, Marcelo Gregório, o secretário de Educação Michel Feijó, a coordenadora da 13ª CRE, Carmem Bueno e o gerente industrial da Âmbar Energia, Felipe Ferreira Rodrigues, participaram de uma reunião virtual que tratou sobre os últimos ajustes para que a Escola Jerônimo Mércio da Silveira possa ser transferida de forma temporária para o prédio que pertence a empresa.
Ainda, é necessária a assinatura do termo de cedência do espaço por parte da Âmbar para o Governo do Estado, contando com a participação da Prefeitura de Candiota, questão que está sendo tratada diretamente com a Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG) e que, segundo Marcelo Gregório, está sendo tratado como prioridade.
JÁ FOI NOTÍCIA NO IMPRESSO
