PINHEIRO MACHADO

Reunião de esforços deve garantir realização da Feovelha em 2018

Contudo, evento será reduzido e sem a programação da festa

No ano que vem, Feovelha terá apenas remates e julgamentos

No ano que vem, Feovelha terá apenas remates e julgamentos Foto: J.André/Arquivo TP

Uma reunião longa que reuniu dirigentes da ovinocultura nacional, além do Sindicato Rural, da Prefeitura e Câmara de Vereadores de Pinheiro Machado praticamente fez ressurgir a Feira e Festa Estadual da Ovelha (Feovelha) de 2018, que esteve muito próximo de não ser realizada, em função, principalmente da crise financeira e do momento que a ovinocultura atravessa no momento.

O encontro, realizado na tarde da última segunda-feira (30), na sede do Sindicato Rural, no centro de Pinheiro Machado, teve a presença de representantes da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (Arco) e mais quatro associações de raças: Sulfok, Texel, Corriedale e Ideal. Também estavam representantes da Emater, do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, o prefeito Zé Antônio, o vice Jackson Cabral e o presidente da Câmara de Vereadores, Jaime Lucas.

Segundo o presidente do Sindicato Rural pinheirense, Gabriel Camacho, que é o promotor do evento, a partir da reunião e com a soma de esforços, as possibilidades da Feovelha ser realizada em sua 34ª edição aumentaram consideravelmente e ele acredita muito que ela vá acontecer.
Porém, como já dito em matéria anterior aqui no TP, será algo bem mais modesto, com participação quase restrita de ovinocultores, tendo apenas o remate de rebanho geral, a admissão e julgamento de reprodutores. “Toda a parte de expositores, apresentações, praça de alimentação, eventos paralelos, entre outras atrações, não serão realizadas nesta edição, pois é exatamente isso que aumenta demais os custos”, explica Gabriel.

O superintendente da Arco, Edmundo Gresler, conversou demoradamente com a reportagem do TP esta semana e relatou do esforço que todos se propuseram em não deixar a Feovelha morrer. Conforme ele, seria um desastre para ovinocultura, pois a feira é uma referência na América Latina no setor. “Quem é premiado na Feovelha já se qualifica para a Expointer”, lembrou, chamando a atenção para a sua importância.

O EVENTO – Ainda não há uma certeza completa da realização, mas o formato, caso ocorra, já está definido. A Feovelha 2018 deve ocorrer entre os dias 25 e 27 de janeiro no Parque Charrua, que muito provavelmente estará aberto gratuitamente a participação do público em geral.
Nestes três dias acontecerão os remates e os julgamentos de animais exclusivamente. “Será um evento voltado ao produtor”, enfatiza o presidente do Sindicato Rural.

ESFORÇOS – Conforme o Sindicato Rural, cada participante do encontro de segunda-feira saiu com uma tarefa, contudo a principal delas é conseguir os recursos suficientes para a realização da feira. Neste sentido que já se está buscando contatos com o governo do Estado, bem como, há um esforço da Prefeitura e Legislativo local também em mobilizar politicamente para que os recursos sejam garantidos. O prazo estabelecido para a busca dos recursos é de 30 dias.

PREFEITO – O prefeito Zé Antônio foi um dos que mais tencionou para que a Feovelha não deixasse de ser realizada e propôs a realização do encontro da última segunda. “A Feovelha promove Pinheiro Machado, inclusive integra o calendário do Governo do Estado de feiras e exposições. Por isso, reunimos esse conjunto de pessoas e instituições que possui interesse pela realização do evento para, juntos, buscarmos uma alternativa. Dentro das suas possibilidades, a Prefeitura fará todos os esforços possíveis para que a Feovelha aconteça”, afirma o prefeito.

NA CÂMARA – O assunto recorrente na sessão da Câmara de Vereadores da cidade na última terça-feira (31) foi a Feovelha.
O presidente do Legislativo, Jaime Lucas (PMDB), que participou dos dois encontros que debateram o tema até o momento, reiterou que entende as razões do Sindicato e disse acreditar que a feira irá acontecer. Também Jaime condenou um debate pelas redes sociais, que considera nocivo em relação ao tema. “Tem gente que se alimenta da desgraça. É um banditismo culpar o prefeito Zé Antônio e os vereadores pela situação”, disse.

Para o vereador Mateus Garcia (PDT), que é o líder do governo na Câmara, o prefeito Zé Antônio não admitiu que uma decisão apenas do Sindicato fosse a palavra final, pois, segundo ele, a Feovelha é um evento que inclusive está no calendário estadual.

O vereador Cabo Adão (PSDB), elogiou a atitude do prefeito Zé Antônio, dizendo que ele não se conformou que não saísse. “Ele é das antigas, vai para guerra, dá o sangue e não volta para buscar as medalhas”, comparou.

Já Fabrício Costa (PSB), se queixou que a bancada não foi convidada para participar do debate. “Se pregam tanto a união, deveriam chamar todos”, disse, no que foi aparteado por Jaime, dizendo que quem fez os convites foi o Sindicato.

Para o vereador Gilson Rodrigues (PT), a Câmara foi vanguarda em levantar o problema e pressionar. “Não importa quem participou das reuniões, o fato é que é necessário mantermos a Feovelha”, afirmou.

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