COBRANÇA NO LEGISLATIVO

Secretário de Assistência Social explica forma de distribuição de cestas básicas em Candiota

Assunto foi pauta na sessão ordinária da Câmara desta semana

Cestas básicas são entregues na Secretaria de Assistência e Inclusão Social Foto: J. André TP

A forma de entrega e o processo de seleção de pessoas para receber cesta básica em Candiota foram questionados na sessão ordinária da última segunda-feira (3), pelo vereador Guilherme Barão (PDT)

Na ocasião, o parlamentar recordou que o município havia feito um grande ato quando, juntamente com a comunidade, ajudou as cidades afetadas pela enchente que assolou o Rio Grande do Sul. Ele porém, falou da necessidade de cuidar do povo de Candiota e da situação vivenciada por pessoas que trabalham como pedreiro, em limpeza de pátio, entre outros trabalhos diários. “Há pessoas passando fome porque não dão cesta básica e aqui faço uma referência ao Flávio Sanches, que pela Defesa Civil conseguiu várias cestas básicas. Falo em nome do presidente da Associação do bairro João Emílio, Danti Oliveira, que diz que o governo municipal promete cestas básicas e não chega. Chega de promessa e não cumprir. Prefeito Folador, trata e cumpre. Tu disse que ia mandar as cestas básicas para a associação de bairro e até hoje não chegou. Essas pessoas dependem disso pra comer e não adianta repartir a cesta básica, de uma fazer duas e querer que as pessoas sobrevivam dois meses, quatro ou cinco pessoas com cinco quilos de arroz. Isso não adianta, não vai resolver o problema das pessoas”.

Como líder do governo, o vereador Fabrício Moraes (MDB) disse que a questão da cesta básica é algo que assustava, pois não é possível esperar quando se fala em comida no prato. Ele destacou que o município tem agido para dar toda assistência às famílias. “Um adulto vai lá, escapa, não faz a refeição do meio dia, não janta, mas dizer para uma criança, um adolescente que precisa ir para a escola, que não tem, é complicado. Mas é algo que o município tem corrido bastante atrás e vejo o trabalho do secretário Fabiano bastante voltado a esta linha de entrega de cesta básica, tentando ajustar, pega em um mês no outro não pega, porque é complicado e não tem pra todo mundo. Tem as questões burocráticas que precisam ser respeitadas”, expôs Fabrício, recordando também o trabalho de Flávio Sanches que conseguiu uma grande quantia de cestas.

Fabrício ainda informou a chegada de cestas básicas, colchões e cobertores. “Foi dito pelo coordenador da Defesa Civil, o Tiago Ferreira que vai chegar 500 cestas básicas, colchões, cobertores. A gente sabe que isso é algo paliativo, não vai resolver definitivamente o problema. Mas desejamos que o município siga aportando os recursos necessários com cesta básica semanalmente”.

Na sequência, Barão disse ser importante o vereador Fabrício se posicionar enquanto líder do governo, pois “não é fácil pessoas usando de uma prerrogativa e tirando de quem menos tem. O que não pode acontecer é tu dizer que vai ter tal dia, criar expectativa nas pessoas, elas contarem com aquela alimentação, chegar lá e não ter. É isso que deixa a gente triste. Somos vereadores e acionados, mas estamos em um período eleitoral onde qualquer ação que a gente fizer para ajudar uma família vão querer nos cassar, então é dever do poder público, porque vem recurso pra isso, o município tem recursos que pode investir também. Obvio que o governo federal e estadual precisa ajudar.”

Distribuição das cestas acontece semanalmente

Nesta semana, o Tribuna do Pampa procurou o secretário de Assistência e Inclusão Social de Candiota, Fabiano Mussoline, para esclarecer de que forma é feito o procedimento de entrega das cestas básicas à comunidade. Conforme o secretário, as entregas das cestas são realizadas todas as quartas-feiras diretamente na Secretaria, sendo distribuídas em torno de 35 semanais. “De 2023 até hoje, já foram destinados mais de R$ 500 mil para cestas básicas, seja recursos próprios ou pela Defesa Civil. As destinações semanais acontecem conforme a quantidade que temos naquela semana e mês sim, mês não, de forma a atender o maior número de pessoas”, explicou Fabiano.

Questionado pelo jornal qual o critério estabelecido para a pessoa ter acesso a cesta básica, o secretário explicou que necessita ser cadastrado no CadÚnico. “Não há uma legislação específica que determine quem tem direito além de estar cadastrado, assim como não há lei que obrigue o município a fazer as doações, salvo em situações de calamidade, mas como se sabe da situação de muitas pessoas, na medida do possível procuramos atender a todos e de todos os bairros da melhor forma possível. A pessoa procura a Assistência, preenche um documento, se responsabiliza pelas informações repassadas e colocamos no sistema. Ninguém é barrado, fizemos o que é possível e sempre solicitamos a procura em caso de extrema necessidade”, finalizou.

ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*

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