O secretário de Administração e Finanças de Candiota, José Carlos Granato, compareceu nesta quarta-feira (29), na Câmara de Candiota, na Comissão de Controle Externo e Fiscalização Financeira (Cocefi), para realizar a habitual e regimental prestação de contas do segundo quadrimestre do ano de 2021. A reunião foi presidida pelo vereador Diego Lima (MDB) e secretariada pela vereadora Luana Vais (PT).
Conforme Granato, Candiota está com uma situação financeira bem equilibrada e deverá encerrar o ano com bastante êxito neste sentido, mesmo se sabendo das dificuldades que ocorrem no fim de ano, com pagamento de 13º salário, além de outras tantas despesas que se avolumam a cada fim de ciclo fiscal.
O secretário assinalou ainda que a Prefeitura já se adequou as novas orientações do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS), da Delegações das Prefeituras Municipais (DPM) e da Federação dos Municípios do RS (Famurs) para fazer a média da receita orçada e da praticada.
Segundo ele, com isso, em todas as receitas se faz estas médias e onde há superávit, se procede uma complementação a dotação já existente. “Isso vai possibilitar que se chegue com fôlego orçamentário até dezembro”, explica, lembrando que já havia alertado no início do ano que a projeção era baixa, tendo se confirmado e já realizada a adequação orçamentária necessária.
Nestes primeiros oito meses, Candiota realizou R$ 44 milhões do orçamento (66,66%), o que perfaz uma média de 5,5 milhões. Deste total, R$ 42,4 milhões foi empenhado.
Atualmente, conforme relatou Granato, a dívida fundada do município está em R$ 13,1 milhões, sendo formada pelo parcelamento de INSS, no valor de R$ 2,1 milhões; dois parcelamentos do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) – um de R$ 2,6 milhões e outro de R$ 3,5 milhões; R$ 80 mil de Pasep e saldos devedores de R$ 80 mil com o Banco do Brasil e R$ 4,7 milhões do Finisa, com o Caixa Federal.
O RPPS está com superávit, tendo um saldo bancário de R$ 77,5 milhões, tendo arrecadado nestes oito meses, R$ 5,7 milhões e gasto R$ 3,4 milhões – saldo de R$ 2,3 milhões. Em restos a pagar tinham inscritos no início desta gestão R$ 580 mil, sendo pagos R$ 482 mil.
O secretário ainda se queixou que neste momento de pandemia e receitas abaixo do normal, as prefeituras estão lutando junto aos órgãos de controle e que não têm cedido, sobre o cumprimento de índices como na Educação de no mínimo 25%. Ele lembra que este setor estava quase paralisado e que as despesas foram bem menores. “Temos dificuldades de cumprir esses índices, forçando que muitos administradores tenham que criar despesas ou trazer de outras pastas para pode cumprir. O melhor seria flexibilizar este índice para menos que 25%”, disse, enumerando que Candiota tem índice de investimentos nestes dois quadrimestres, de 22,7%. “Já na saúde, que tem mínimo de 15%, ocorre o inverso, estando Candiota com 17,9% em investimentos”, expôs.
Por fim, mostrando números comparativos da receita em 2020 e 2021, Granato expôs que na maioria dos casos houve um incremento no período se comparado ao mesmo período anterior (ver quadro).
A vereadora Luana cumprimentou o secretário pela exposição e afirmou que o debate para não colocar em votação os projetos que mexiam no RPPS se mostraram corretos, visto que a Prefeitura chegará com fôlego financeiro ao final deste ano.