*Por Aníbal Gomes Filho
Estamos chegando próximos do final de mais um ano de nossas vidas. Vamos prosseguir a caminhada, por vezes objetivos firmes e bem delineados, outras vezes sem ter aonde chegar.
Sempre preenchendo os espaços que sobram, os vazios que nos consomem, o infinito que parece ser maior do que tudo ao nosso redor, a vida que nos apresenta curvas demasiadas e inimagináveis.
Sinto que às vezes, perder-se nessa longa estrada, pode ser uma maneira de se buscar o próprio reencontro. Voltar para dentro de nós, rebuscar memórias saudáveis, fazer da viagem uma imaginação fértil e positiva.
A trilha do viajante está aberta, oferece várias encruzilhadas para que possamos refletir ou escolher o caminho, afinal, ainda existem estradas incríveis e lindas que descobrimos até mesmo quando estamos perdidos.
É hora de reaprender a vida pela ideia daquilo que virá inexoravelmente a nossa frente, sem medo, sem receios, convivendo com os percalços, amadurecendo pela existência que nos mostra a passagem temporária que nos levará ao pó, mesmo que seja o pó da estrada.
Quando você enxergar o pôr do sol, verá que ele é único, de beleza ímpar, quando sentir o vento soprar no seu rosto, será como uma sensação de liberdade extrema da aventura da vida. Essa mesma vida que te oferece encantos de onde nunca esperávamos vê-los.
Estamos aqui somente de passagem, talvez por isso, estaremos sempre chegando ou saindo, um dia em cada lugar, em cada repouso. Somos todos nascidos da terra, andarilhos das ruas e das estradas, habitantes das nossas lembranças que nos farão chorar, mas que jamais nos deixarão parar.
A bagagem, a alma, o coração, tudo aquilo que fica pelo caminho, é uma parte integrante de nós, e que servirá para identificar a quem fica, tudo o que buscamos e que deixamos em legado.
É assim esta vida, onde cada dia a mais vivido, é um dia a menos que se vive. O que pode parecer contraditório é tão exato quanto impiedoso e certo.
“O importante é estar em paz com você mesmo. A paz de espírito é a única coisa que o homem pode aspirar.
Fora isso o que sobra?”
Mino Carta
ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*