DIA DO SERVIDOR PÚBLICO

Sindicato dos Mineiros considera momento atual do servidor como complexo

Presidente do Sindicato dos Mineiros, Hermelindo Ferreira Foto: Divulgação TP

Visando trazer informações sobre mais uma categoria, o TP conversou com Hermelindo da Trindade Ferreira, atual presidente do Sindicato dos Mineiros. Ele disse ao jornal que o momento atual vivido pelo servidor público é um dos mais complexos da história.

“O servidor público vem sofrendo os mais diversos ataques e desqualificação, tanto que não se ouve falar em concurso público. Tivemos os exemplos das estatais, a CEEE vendida por uma bagatela, agora a Sulgás, a CRM passando por um processo de desmonte com a suspensão da licença de operação. Portanto está difícil continuar na atividade como servidor público e principalmente o nosso papel de sindicalista que é como defensor dessa classe de trabalhadores”, afirmou.

Quanto ao trabalho atual em prol da categoria, Hermelindo recorda que desde 2015 há um trabalho para que a CRM seja mantida como empresa pública apesar de saber das dificuldades de se manter esta empresa na condição que está. “A última diretoria conseguiu tirar ela da situação que vinha como empresa deficitária, hoje ela é uma empresa lucrativa, mas ainda não é justificativa para o governo do estado que tem maioria na Assembleia e facilidade em passar projetos”, destacou.

O presidente do Sindicato dos Mineiros relata que está sendo feito movimento em apoio a mineração na metade Sul e desenvolvimento do polo carboquímico. “Não podemos deixar o desemprego chegar nas portas da nossa região e não termos outras perspectivas. Por outro lado, as questões relacionadas a mineração do carvão para a produção de energia elétrica vem sofrendo ataques por grupos ambientai e no Brasil, principalmente no RS onde se tem a maior jazida de carvão. Tivemos uma manifestação do governo do Estado com uma carta de compromisso com a descarbonização da indústria, 50% em 2030 e zero em 2050. Isso é uma utopia, algo sem bom senso. Se formos observar, a nossa matriz energética é a menina dos olhos de qualquer país no mundo, temos a matriz energética mais verde, temos 40% advinda da produção das hidrelétricas e 1,5% somente do carvão. Só que a situação se inverte porque não há um planejamento. O carvão sofre ataques e a tecnologia, investimentos e pesquisas para melhorar a produção de energia elétrica nas usinas térmicas a carvão é menosprezado. Os grupos ambientais muitas vezes se usam se notícias antigas de quem aqui tem chuva ácida, que sai cinzas pelas chaminés das usinas em Candiota, de que vivemos em meio a fuligem, incluindo informações até de outros lugares, com total desconhecimento e com o objetivo de tirar o foco de que aqui respiramos ar puro, somos privilegiados por respirar ar puro”, ressaltou Hermelindo.

Quanto ao futuro do Sindicato, ele disse ter o compromisso de permanecer a frente da entidade até 2023 e durante este período pretende construir e lutar intensamente conforme já está sendo feito junto a equipe que atua de forma coesa e unânime. “Temos nossos debates internos, com discordâncias até se chegar a um trabalho de bons resultados a uma categoria, um grupo. Sempre batemos em uma posição de que quem se coloca à disposição do trabalho sindical não pode ter uma visão particular e sim voltada para a coletividade. Também não levar nenhuma bandeira partidária para dentro do sindicato, pois precisamos de todas as bandeiras políticas”, concluiu.

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