ENCERRANDO GESTÃO

“Sindicato Rural está muito organizado”, avalia presidente Heber Farias

Heber Farias está a frente do Sindicato nos últimos quatro anos Foto: Robespierre Giuliani/Especial TP

Nesta semana, uma nova diretoria foi eleita para estar a frente do Sindicato Rural de Pinheiro Machado. O novo presidente deverá tomar posse em breve para ocupar o espaço que há quatro anos tem como gestor Heber Farias, o Tripó, mas que não quis concorrer ao cargo novamente.

Em razão de estar nos últimos dias a frente da entidade, a reportagem do Tribuna do Pampa contatou com o presidente para uma avaliação da gestão, bem como explanar sobre os desafios e principais pontos trabalhados. Segundo o presidente, a avaliação é positiva. “É difícil avaliar o que está se fazendo, mas eu avalio positiva, porque se nós analisarmos o Sindicato quando nós entramos, tanto financeiramente como o parque e a sede, está tudo muito organizado hoje”.

 

FOCO NA GESTÃO

Projeto Cabanheiro do futuro, ocorrido na Feovelha 40 anos Foto: Robespierre Giuliani/Especial TP

Questionado acerca do trabalho desenvolvido e qual foco a diretoria deu como prioridade no período, o ainda presidente falou da fundamental ajuda do grupo para que tudo fosse possível. “Nós contamos com toda a diretoria executiva, o vice Leonardo Farion, tesoureiro, secretário, a esposa do vice, a minha esposa, todos ajudaram muito na diretoria. Tivemos a ajuda fundamental do tesoureiro Eduardo Peraça e depois do Pablo Costa, do secretário Michel Correia, duas pessoas que tinham muita experiência de empresas, já trabalharam fora e nos ensinaram muito, nos ajudaram em toda a gestão do Sindicato”, destacou o gestor, ressaltando que o trabalho é voluntário, sem remuneração.

Heber, mais conhecido por Tripó, afirmou que o foco sempre foi na gestão. “Iniciamos procurando arrumar coisas pendentes que tinham no Sindicato, até perante a Farsul (Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul), sempre olhando o interesse do Sindicato, que não fosse trazer prejuízos. Todas as decisões foram da diretoria, ninguém decidia nada sozinho, sempre foi tudo por unanimidade”.

 

DESAFIOS

 

O jornal perguntou a Tripó quais os principais desafios enfrentados durante os quatro anos de gestão. Ele foi enfático afirmando que a diretoria pegou o Sindicato praticamente fechando, sem perspectiva e as vésperas de uma Feovelha (Feira e Festa Estadual da Ovelha). “Os desafios foram imensos, porque nós pegamos um Sindicato a menos de 30 dias de uma Feovelha, na pandemia de Covid-19 onde os escritórios de remate não estavam trabalhando mais, estava tudo parado. Não tinha remate no Sindicato, que é a maior fonte de renda hoje, e nós conseguimos fazer isso funcionar, voltar a trabalhar. Durante a pandemia contamos com a colaboração da Prefeitura, do prefeito, do secretário de Saúde, que nos ajudaram muito para fazer o evento. E o desafio é permanente, porque o produtor rural trabalha com uma indústria a céu aberto. Então, ver que nós começamos no Sindicato com pandemia, depois nós tivemos uma seca, posteriormente chuvas excessivas e vamos encerrar agora numa situação extremamente delicada para todo o Estado, que acaba refletindo em todos os negócios, são constantes desafios”, lembrou.

 

PARCERIAS E VALORIZAÇÃO LOCAL

 

Tripó disse que dois pontos também marcaram a gestão, parcerias e valorização de profissionais de Pinheiro Machado. “As parcerias foram fundamentais, além das públicas, tivemos os escritórios que abraçaram a causa conosco, o Pioneiro Remates e o Álvaro Porto, a Knorr, a Arco (Associação Brasileira de Criadores de Ovinos) que é fundamental para a Feovelha. Na Farsul tivemos muito apoio do advogado Álvaro Moreira, o Derly, sempre tivemos apoio. Uma parceria muito grande foi com o Senar (Sistema Nacional de Aprendizagem Rural) com cursos de qualificação para os produtores rurais”, ressaltou.

Quanto a parcerias locais, tripó ainda destacou que foi possível ter Sicredi, Cressol, Banrisul e Banco do Brasil dentro da Feovelha, fato considerado muito bacana. Ainda, parceria com a Secretaria de Assistência Social, Criança, Mulher e Idoso e a paróquia local e o importante apoio das Ategs (Assistência Técnica e Gerencial), onde temos quatro funcionando dentro do Sindicato, duas de bovinos de corte, uma de ovinos em parceria com o Sindicato Rural de Pedras Altas, e uma de olericultura.

O Sindicato também precisou se adaptar durante a pandemia de Covid-19. De acordo com o presidente, a parceria com empresas e pessoas da cidade foram priorizadas. “Só procuramos de fora quando não tinha a oferta em Pinheiro. Passamos quase nove meses tentando fazer remate no Parque Charrua, pois exigências relacionadas à Covid-19 não nos permitiam. Mas, com a parceria da Nova Net e da Moon Produções, fizemos de forma híbrida”.

 

QUATRO FEOVELHAS

 

Para finalizar, o TP solicitou a Tripó uma análise da Feovelha, que chegou a 40ª edição em 2024. “É o evento mais importante da ovinocultura no Estado. Realizamos quatro Feovelhas, é extremamente desafiador e nos demanda bastante. O que nós fizemos? Focamos no negócio. Na primeira, praticamente não tinha público, nem estande. E nós tivemos um resultado magnífico para os produtores e que respinga no Sindicato. Trabalhamos incessantemente para construir as parcerias com os nossos apoiadores e patrocinadores, pois uma festa não se faz sem patrocínio e a Feovelha não é só negócio, ela tem um apelo político em função da ovinocultura. Embora com as adversidades enfrentadas pela ovinocultura, conseguimos quatro edições com resultados positivos”, concluiu.

ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*

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