INFRAESTRUTURA URBANA

Surge um novo bairro em Candiota

Área com 89 terrenos fica nos fundos do Residencial Viver Melhor, na sede do município

Reunião com o prefeito Folador definiu as obras de infraestrutura no local Foto: Divulgação TP

Alvo de alguma polêmica recentemente, mas nada que um bom debate não tenha encaminhado soluções, as 89 famílias que adquiriram terrenos da Prefeitura de Candiota em 2020, já podem renovar as esperanças de poderem começar a erguer seus novos lares num curto prazo.
O prefeito Luiz Carlos Folador (MDB) chegou a dizer durante uma audiência pública na Câmara local – pedida pelos vereadores Guilherme Barão (PDT), Luana Vais (PT) e Léo Lopes (PTB) -, de que iria fazer as obras necessárias de infraestrutura na área localizada nos fundos do Residencial Viver Melhor, na sede do município, porém que não podia precisar uma data. Contudo, em reunião realizada agora no final do mês abril, na Sala de Reuniões do Gabinete do Prefeito, Folador bateu o martelo em relação ao início das movimentações no local visando a preparação do mais novo bairro da cidade.
No encontro, a Secretaria de Obras e Serviços Públicos informou o início dos trabalhos de terraplanagem no local e também na rua G (próximo ao antigo campo do Vila Airton.
Segundo o prefeito, o trabalho que se inicia é de relevância máxima. “A Prefeitura irá disponibilizar retroescavadeiras, caminhões, escavadeiras, motoniveladoras e outros equipamentos para que o serviço seja bem executado. O pedido foi atendido após conversa com vereadores Guilherme Barão e Gildo Feijó, legisladores aos quais temos o maior respeito. Agradecimentos também ao nosso vice-prefeito Paulinho pelo empenho”, destaca Folador.
Para o vereador Guilherme, também presente na reunião, é o sonho das pessoas saindo do papel. “Feliz em saber que a administração atual está dando seguimento no trabalho que os munícipes merecem. Perante ao projeto aprovado na Câmara, o governo teve a sensibilidade de fazer com que o empreendimento virasse realidade. Realizar sonhos também é nossa missão”, expõe o vereador.
Já Gildo disse na reunião ter a certeza de que as pessoas terão sua esperança renovada. “Extremamente contente em ver as coisas andando no município. As pessoas merecem um serviço público de qualidade na prática, ainda mais quando estamos falando deste tema. Parabéns ao governo pelo trabalho e comprometimento”, finaliza o presidente do legislativo candiotense.

INÍCIO – A previsão de início dos trabalhos era para esta quinta-feira (6), entretanto o tempo chuvoso do começo da semana adiou a ação para assim que o tempo permitir, segundo explicou o secretário Valdenir Dutra, responsável pela Secretaria de Obras e Serviços Públicos.
Ele ressaltou que com o tempo instável que fez ao longo do período não é recomendável tecnicamente em função da umidade. Valdenir detalha que a área é acidentada e possui valas de proporções, sendo que já existe uma parceria com a Companhia Riograndense de Mineração (CRM) para o transporte de material para o nivelamento. O secretário ainda explica que neste primeiro momento será feito todo o trabalho de abertura de ruas no local, o que vai possibilitar em seguida a marcação dos terrenos. “Toda ajuda, como essa da CRM, é essencial para que os custos sejam os mais baixos possíveis na execução dos trabalhos. Agradeço a força árdua da equipe técnica da Secretaria, na pessoa do engenheiro Marcelo Vaz e tantos outros”, pontua.

Alguns dos proprietários estiveram na área no final da tarde de quinta-feira (6), vivendo a expectativa de tão logo poderem construir Foto: J. André TP

ESPERANÇA – O TP conversou com algumas pessoas que adquiriram terrenos no local. O casal Lilian Cunha, 32 anos, e Dyeverson Carvalho Lopes, 27, está morando com os pais dela na Vila Operária desde dezembro último. Segundo Lilian, não deu para conciliar o aluguel e a prestação de R$ 400 que eles pagam por ter pego R$ 4 mil emprestados para dar de entrada no terreno. “Só meu marido está trabalhando no momento e tivemos que entregar a casa que estávamos alugando. Estamos na expectativa para a liberação do terreno o quanto antes, para que ao menos possamos fazer um chalé e depois ir melhorando”, assinala.
Janaina Moreira Machado, 26 anos, casada e mãe de um filho de 3 anos, vive um misto de esperança e desilusão em relação aos terrenos. Segundo ela, o sacrifício junto com o marido para pagar a prestação do terreno, o empréstimo da entrada e mais o aluguel da casa que vivem atualmente são grandes. Janaina disse que a aquisição foi um sonho, mas que devido aos acontecimentos pareceu se desmoronar e que agora com a decisão da Prefeitura voltou a acreditar que é possível fazer a sua casa. “Projetamos ser possível pagar o terreno e investirmos numa casa pré-moldada por exemplo. Mas precisamos ter acesso ao local para iniciarmos o quanto antes. É um sonho para mim que ainda sou jovem poder já deixar uma casa para meu filho. Minha mãe só foi conseguir ter uma casa sua aos 50 anos”, afirmou.
Para a jovem Ana Magaly Seleng, de 24 anos, a expectativa é sair logo do aluguel. “Nós estamos cumprindo com nossa parte no contrato”, disse.

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