Três Toques – 11 a 14/AGO/2023

JUVENTUDE

Ah! Quanta saudade os idosos têm dos anos da sua juventude. Quantos sonhos! Quantos propósitos. Quantas certezas o tempo dissolve rapidamente. As cinzas da amargura se dissolvem no ar pela realidade. Sonhos, enfim.

A mocidade é o motor que nos empurra para o futuro. Muito sonhado, nem sempre realizado. Os “verdes anos” como diz o poeta, são vividos com paixão, com ardor, como se tudo dependesse apenas do próprio querer.

Admiro nos jovens a alegria e o destemor e paixão. Vamos que vamos, está na mão! Segure tua ponta que a minha não cairá.
Pois a nossa juventude de agora anda perdida, vagando por estradas tortuosas, caminhando a esmo em busca não se sabe de quê. São tantas portas por onde entrar e já nenhuma mais serve, nada mais contenta.

O mundo gira e tem que girar, o mundo anda e tem que andar e os jovens têm que dançar a música da hora. Nesta poeira toda é fácil perder o rumo e tombar. Há que ter força para ficar de pé e enfrentar a vida como deve ser.

Na esquina tem o traficante que ganha a vida matando jovens inocências com seus alucinógenos, suas fugas momentâneas e ressacas apavorantes. Vende-se felicidade em pó, amor em fumaça e em pílulas delirantes.

Tudo está tão fácil, tão à mão, mas tudo se dissolve no ar. Nossos jovens já abandonam os nobres ideais, família, fortuna e paz de espírito por um momento de torpor. É preciso fugir, é preciso esquecer. A roda do mundo está cada dia mais rápida e cruel.

Os pais já não têm paciência, já não há diálogo e a vida segue no tranco.

ESPERANÇA

Não devemos nos desesperar, dar tudo por perdido e desistir.

Um argentino, velhinho, já com 82 anos e manco de uma perna, andando numa cadeira de rodas, vestido todo de branco, juntou um milhão e meio de jovens para ouvi-lo falar de futuro, falar de amor e de vida em Portugal.

Havia jovens do mundo todo, cada um com seu idioma, com suas vestes próprias e com seus usos e costumes. Falava-se 45 línguas diferentes e muitos outros dialetos.

E todos se entenderam. E todos se abraçaram numa mesma alegria num mesmo propósito, numa mesma missão.
O quê, afinal este velho argentino tinha a dizer que fez juntar jovens do mundo todo? Seria algum milagre, que novidade era essa?

E ele falou: Jovens, somos todos irmãos. Todos temos um mesmo PAI e ELE nos ama de modo igual. Todos somos filhos de Deus. Na casa DELE não têm portas para separar, discriminar ou afastar. Sois TODOS bem-vindos! TODOS. Sem exclusão.

Papa Francisco é muito corajoso e destemido. Ele fez a multidão gritar TODOS por alguns minutos.

 

 

E AGORA?

A nossa grandeza está na medida em que entendamos que os diferentes, os aleijados, os gays, prostitutas e demais miseráveis, são nossos irmãos e como tal devemos acolhê-los, respeitá-los e amá-los.

JESUS CRISTO, EU ESTOU AQUI! (Roberto Carlos)

 

ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*

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