TRÊS TOQUES – 27/FEV/2025

FESTA DA CARNE

Como sabemos, no nosso velho Brasil de guerra, o ano novo começa depois do carnaval. Em todos os sentidos o Ano Novo começa em fevereiro, depois do maior festival de bundas e seios expostos para deleite e pasmo do mundo todo.

Os que exibem seus corpos e encantam os turistas têm seu deslumbre limitado até a quarta-feira de cinzas. Na quarta começa o desmonte de toda a parafernália. Os ‘tubarões’ contam os lucros e babam de alegria com o que restou da maior festa popular do mundo.

Seria ótimo se a nossa vida fosse um eterno carnaval. Todo mundo junto mostrando seus estros criativos e botando todo mundo para sambar. Só que não. O pobre, o negro e os que representaram a carne vão mourejar para pagar as fantasias, os porres homéricos e tudo acaba na quarta-feira.

Feliz ano novo, que começa com uma insuportável ressaca física e moral.

Divertir-se é preciso. Largar as pressões é ótimo. Boas festas aos ‘foliões’. Que os cuidados sejam maiores do que os riscos.

 

QUINCAS, O JOAQUIM GREGÓRIO 

Pois não é que o nosso Joaquim, mansamente como foi sua vida toda abraçou a eternidade onde vai descansar nos braços de Deus, nosso Pai comum.

Ninguém é eterno, mas o Quincas nos nossos corações é e será eterno. Uma longa vida de trabalho, de lutas, com muito amor e ardor terá sempre a gratidão e o reconhecimento pelos filhos que adotou e criou, educou e depois mostrou o bom caminho.

Joaquinzinho não era gaúcho. Na verdade era paulista. Tornou-se gaúcho por amor e osmose. Vos falo de gaúcho de CTG, de cozinha e tudo mais.

Os jovens o conhecem como pai do Marcelo, nosso ex-prefeito e atual vice-prefeito. Os velhos o conhecem como um gigante trabalhador. Incansável. Saiu da CEEE, o melhor emprego da época e foi trabalhar com transporte de areia e outros materiais.

Joaquim ganhou a vida no trabalho. Ganhou amigos e admiradores pela lealdade. Ganhou filhos, muitos, pelo amor. Um coração tão grande e generoso que sempre serviu e que nunca se apegou ao bem-estar. Sempre foi um pequeno GIGANTE.

Quem o conheceu e com ele conviveu sentirá sua falta. Falta do pai, falta do infatigável amigo, falta de sua mão estendida para ajudar. Candiota ficou um pouquinho menor neste fevereiro.

 

OLE, OLÁ…

vamos todos sambar, vamos todos pular; afinal é carnaval, a alegria está no ar, nos corações.

Comentários do Facebook