Tudo outra vez

Anibal Gomes Filho

Definitivamente estamos viven­do tempos diferentes, completamente diversos da normalidade. Seria a cha­mada nova ordem? Ou seria o fim dos tempos? Pandemia provocando crise sanitária e econômica, aqueles que se arvoravam os grandes governantes mundiais, agora achacados por suas próprias parvoíces, pela insensatez que aflora na ânsia e ganância do poder interminável, a vontade de controlarem ao mundo inteiro.

Estamos nas mãos de homens medíocres, que na verdade nos odeiam, mas que se acham heróis.

Alguns deles, pessoas que não tem medo de destruir as instituições, muito menos a democracia, já que, ao que parece, a democracia não lhes representa. Outros despertaram a escuridão e os monstros. Governos de guerra social e ideológica sem limites. Um projeto que apesar de não possuir consenso interno, apresenta componentes claros, quais sejam, a revolução neoliberal e a violen­tação da sociedade contra todos que estiverem fora de seu padrão social, moral e ético.

Relações de trabalho entre patrões e empregados precariza­das, várias profissões desregulamentadas. São os mesmos que, para aprovar tais medidas, argumentavam que a terceirização e a reforma trabalhista gerariam milhares de empregos, enquanto a realidade bem triste mostra números aterradores.

Sem absolutamente nada para oferecer como proposta política de futuro, desviam a atenção e o foco de sua incompetência, procu­ram inimigos fictícios, arranjam culpados, e fazem esforço para que esqueçam que são eles que estão no governo. A preocupação não é exatamente combater a pandemia nem planejar a recuperação eco­nômica, mas sim, uma busca incessante de escolher a quem atribuir a culpa pela recessão que certamente virá.

Parece que ainda não se deram por conta de que, toda vez que a política brigou com a ciência, nunca ganhou, sempre perdeu, e por consequência, o prejuízo maior é da população, independente de classe social, vitimada fatalmente em mais de duzentas mil mortes.

Em meio a este triste quadro, Pinheiro Machado se prepara para outra eleição ao cargo de prefeito municipal. É de se esperar de nossos futuros candidatos que ainda desconheço quem sejam eles, coerência, retidão, caráter, senso de realidade de modo a conduzir nosso município a tempos melhores. É o que desejo ardentemente.

“Mas há de vir tempo bom, aliviando essa dor, pois quem cultiva a esperança, rega em seu peito uma flor.” (BANDA DE PAU E CORDA).

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