O professor de ciências, biologia, química e eletivas do ensino médio em tempo integral da Escola Estadual de Ensino Médio Francisco Assis Rosa de Oliveria (FARO), Éverton Fernandes Machado, começou um estudo sobre repelente natural com cravo, óleo vegetal e álcool para ser utilizado contra a dengue.
O projeto foi realizado com duas turmas do ensino médio em tempo integral, 100 e 101, incluindo cerca de 30 alunos na disciplina de práticas experimentais, biologia e química. Segundo o professor, eles começaram o estudo sobre o repelente caseiro para ser enviado para a mostra científica mais adiante, sendo que também já realizaram atividades falando sobre a dengue, campanha de conscientização, além do repelente. “Depois vamos testar outras substâncias para observarmos a eficácia e se funciona”, informou.
Em sua fala, Éverton disse que resolveram trabalhar em temas que estão em debate no contexto local e regional, e assim iniciaram uma pesquisa sobre as principais causas e consequências do uso incorreto de materiais e descarte inadequado de objetos que acumulem água, tanto em casa quanto na escola. “Após isso, começamos a buscar materiais de uso comum que ajudasse na produção de repelente caseiro, para serem produzidos e distribuídos na escola”, ressaltou, dizendo que nas próximas etapas irão testar outros tipos de óleos e substâncias de baixo custo para os testes.
Sobre o retorno dos alunos, ele disse que foi positivo e que no ensino médio em tempo integral trabalham com disciplinas que complementam a geral básica, como as eletivas e práticas experimentais, permitindo que o aluno tenha contato com várias temáticas de seu interesse. “Assim, o aluno participa com ideias e possibilidades de novos experimentos. Eles participaram de todo o processo, e estão dispostos a continuar com o projeto de produção com novas substâncias e ajudar a escola no combate à dengue”, reforçou, citando que desde a coleta de informações até o preparo das soluções, levaram em torno de três semanas.
A diretora da escola, Simone Costa, explicou que o trabalho é um dos temas que o Estado está abordando em razão da temática ser bastante pertinente pela situação caótica que se vivencia atualmente em relação a dengue. “O professor ainda vai desenvolver algumas ações com os alunos em tempo integral, afim de potencializar ainda mais o trabalho”, disse ela, reforçando que a iniciativa é válida, trabalhando conteúdos da ciência e suas tecnologias, além da questão de saúde pública.
Uma das alunas envolvidas na atividade, Natália Silva, 15 anos, disse que ela e os colegas gostaram da aula, e que além da descontração, também foi possível aprender outras formas de prevenção contra a doença e o que pode causar.