Um mês de desaparecimento

O jornal Tribuna do Pampa, como não poderia ser diferente, foi o primeiro veículo de comunicação a noticiar o desaparecimento de Aílton Müller, 30 anos, nas águas do arroio Candiota, na manhã daquele fatídico dia 29 de junho de 2022. Nesta sexta-feira completou um mês do caso.
Conforme se sabe até agora, o veículo dirigido por ele foi atravessar a ponte da Coreia, próxima a Vila Residencial – caminho alternativo para Pedras Altas, Herval e Pinheiro Machado, quando caiu para dentro do arroio Candiota, pois a água estava passando por cima da estrutura naquela madrugada. Aílton e o seu passageiro (pois ele estava trabalhando como motorista de aplicativo) – sempre conforme o que foi apurado até agora, conseguiram sair do carro, sendo que Aílton resolveu nadar para buscar ajuda e até hoje não se tem mais notícia dele.
A família de Aílton, mas especialmente a mãe Juvita, vive um drama sem fim desde aquele dia. São 30 dias e noites sem qualquer notícia do filho querido, que estava sempre se comunicando com mãe e o pai – pequenos agricultores do interior de Pinheiro Machado. Quem é mãe e pai sabe ou pelo menos imagina a dor e como está o coração de dona Juvita.
É claro, que após este tempo todo, sem o aparecimento do corpo ou ao menos uma pista de que ele estaria vivo em algum lugar, levam as pessoas a criarem uma série de teorias sobre a situação. A Polícia Civil (Delegacia de Candiota), que está responsável pela investigação do caso, pelo menos até agora, não conseguiu identificar qualquer situação que leve a crer que o ocorrido tenha algum indício de um crime. A mãe chegou a cobrar mais intensidade nas investigações, além de dizer que iria procurar o Ministério Público, o que é bem razoável para ela que está esse tempo todo sem nenhuma notícia do filho. Também não faltou empenho da Defesa Civil de Candiota, da Brigada Militar e do Corpo de Bombeiros na tentativa de localizar o corpo ao longo do leito do arroio.
O TP tem acompanhado a angústia da família e porque não dizer da comunidade. Também o jornal tem conversado com as autoridades envolvidas, que estão sim se dedicando ao caso e empreendendo os esforços necessários para os esclarecimentos.
Se espera, para breve, quiçá, o que já parece ser mais remoto, que Aílton apareça vivo, porém na pior das hipóteses, que seja encontrado seu corpo, se esclareça tudo e a família possa chorar sua dor e essa mãe ter ao menos esse conforto e até diríamos um descanso.

* Originalmente este conteúdo foi publicado no jornal impresso

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