NEGÓCIO

Usina de Candiota é vendida para grupo privado

Usina de Candiota foi vendida por R$ 72 milhões Foto: Arquivo TP

A Centrais Elétricas Brasileiras S/A (Eletrobras), que foi privatizada em meados de 2022, acabou de informar aos seus acionistas e ao mercado em geral, por meio de Fato Relevante assinado pela vice-presidente Financeira e de Relações com Investidores, Elvira Cavalcanti Presta, que neste feriado de 7 de setembro, concluiu a assinatura de contrato para a venda do complexo termoelétrico de Candiota (Fase C), o único ativo a carvão da Eletrobras, que pertence a CGT Eletrosul. A Usina de Candiota, com capacidade instalada de 350MW, foi vendida para o grupo Âmbar Energia S.A.

O valor da negociação, segundo a nota divulgada, é de R$ 72 milhões. “A transação está sujeita a ajustes e condições precedentes usuais de mercado. Uma vez concluída, a operação será mais um importante marco para a Companhia na busca pela redução de emissões de CO2 e meta net zero em 2030, já que Candiota representa cerca de um terço das emissões totais da Eletrobras”, assinala o documento divulgada na manhã desta sexta-feira (8).

Por fim, a nota assinala que é importante destacar que, “com base nos valores registrados do Complexo termoelétrico de Candiota em junho de 2023 e no valor proposto para alienação, a Eletrobras estima que apenas a transação gerará impacto contábil para a Companhia, negativo de cerca de R$ 56 milhões no terceiro trimestre deste ano”.

O TP está buscando mais informações sobre a negociação.

ELTROBRAS E ÂMBAR

Em paralelo e seguindo o plano de otimização societária da Companhia , foi comunicado também a evolução de duas negociações com o grupo Âmbar Energia por ativos detidos em conjunto com a Eletrobras:

1) A compra das participações de 51% da Âmbar Energia em dois ativos de transmissão por R$ 574 milhões (Equity Value) nas SPEs Vale do São Bartolomeu (VSB) e Triângulo Mineiro Transmissora (TMT), detidas em conjunto com a Eletrobras. As duas SPEs, VSB e TMT, terão dívida líquida próxima a zero na data esperada da finalização da operação, têm receitas anuais permitidas (RAPs) homologadas para o ciclo 2023-2024 de R$ 49 milhões e R$ 53 milhões e concessões até outubro de 2043 e agosto de 2043, respectivamente. Reforçamos que essa negociação é fruto de uma antecipação com otimização e melhorias dos termos de opção de compra e venda dos dois ativos. Nessas opções, estabelecidas em 2013, a Âmbar Energia detinha o direito de vender suas respetivas participações para Furnas Centrais Elétricas (Eletrobras Furnas) e a Eletrobras Furnas detinha o direito de comprar as referidas participações. A CELGpar tem um período para exercer seu direito de preferência na VSB, conforme termos do acordo de acionistas vigente.

2) A segunda negociação trata de uma opção de compra de 51% das 6 SPEs não operacionais de geração eólica do complexo Baleia, em favor da Brasilventos Energia S.A (BVE), subsidiária integral de Furnas, por R$ 1 (um real). As SPEs não possuem dívida e são detentoras de direito de recebimento em uma ação de cobrança de indenização securitária. Os valores são alvo de discussão e uma vez estabelecidos, beneficiarão ambos os acionistas (Âmbar Energia e Eletrobras), uma vez que a efetivação da compra do ativo pela BVE só ocorreria após a conclusão das discussões e recebimento da seguradora.

Por fim, segundo a nota, a Companhia manterá o mercado informado quanto às conclusões das transações acima, assim como valores, uma vez superados os processos, diligências necessárias e direito de minoritário da sociedade de propósito específico VSB.

* Com acréscimo de informações às 14h42

 

Comentários do Facebook