CARVÃO MINERAL

Usina de Candiota está exportando energia para a Argentina

Desde o início deste mês, país vizinho recebe energia da Fase C

Candiota 3 (Fase C) está ameaçada de fechar em 2024, mas o recorde de produção no auge da crise hídrica de 2021 e agora a exportação, mostram a sua competitividade e relevância econômica Foto: Arquivo TP

Uma informação alentadora foi confirmada com exclusividade pela CGT Eletrosul ao jornal Tribuna do Pampa. A Usina Candiota 3 (Fase C) está exportando energia para a Argentina.

Conforme a CGT Eletrosul, que é a proprietária da unidade, a Usina disponibilizou energia interruptível para exportação a partir do último dia 7 de julho. “A operação tornou-se viável, pois a energia da usina não está sendo necessária neste momento para atendimento do sistema brasileiro, tendo em vista as condições favoráveis para geração de energia por meio de fontes de custo mais baixo”, assinala a companhia.

Ainda na explicação é frisado, que a exportação de energia ocorre em caráter interruptível, o que significa que, no momento que a usina for necessária para atender à demanda do mercado interno, automaticamente a exportação é interrompida. “A medida permite otimizar a operação da usina”, enfatiza a nota enviada ao TP.

O jornal indagou sobre a quantidade energia exportada, porém essa informação não foi respondida. Por uma questão estratégica, segundo a CGT Eletrosul, algumas informações são reservadas e restritas.

Para lembrar, em 2021, a unidade bateu seu próprio recorde de produção de energia, no auge da crise energética nacional (crise hídrica), quando produziu 283,7MW/h médios.

ALENTO – Desde que o presidente da Eletrobras, Rodrigo Limp, declarou em entrevista à imprensa de que considera o fechamento da unidade a partir de dezembro de 2024, quando acabam os 35 contratos de fornecimento de energia ao mercado nacional (fruto da venda no leilão de 2005 e que viabilizou a construção da usina), a cidade de Candiota e a região vivem momentos de aflição e tensão.

A notícia de que a indústria está produzindo energia para um país vizinho, se não trazem certezas, ao menos uma esperança e também uma confirmação da importância e viabilidade econômica da Usina.

* Originalmente este conteúdo foi publicado no jornal impresso

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