COBRANÇAS NA CÂMARA

Vereador de Pinheiro Machado chama governo de incoerente e Executivo rebate

Prefeito disse que recursos em caixa são um método de precaução

Vereador do PDT, André Madruga, explanou durante a
sessão legislativa, os questionamentos e cobranças ao Executivo Foto: Divulgação TP

Nas duas últimas sessões ordinárias da Câmara de Vereadores e Vereadoras de Pinheiro Machado, o vereador do PDT, André Azambuja Madruga, usou a tribuna para fazer cobranças ao Executivo pinheirense.
Ele usou o termo incoerente ao se referir a ações e anúncios feitos com relação aos recursos, que em matéria publicada na página oficial da Prefeitura, anunciou no dia 30 de dezembro de 2024, ao findar a gestão anterior, o município encerrava o ano com “R$ 8,5 milhões em caixa e todas as obrigações financeiras rigorosamente quitadas”.
Em seu discurso, André Madruga afirmou: “Se tem dinheiro sobrando como está sendo alegada, é não justifica a rua da Brigada Militar ficar mais de 30 dias intransitável, a viatura não consegue sair rápido da Brigada porque tem uma valeta de um meio metro. A rua que chega na brigada não da pra andar e tem um cidadão que se queixa que há quatro anos não recebe atenção do poder público”.
Em seu discurso, o vereador disse estar sendo feito um pedido de informações ao Executivo pinheirense da bancada do PDT. “Queremos saber como se chegou a esse superávit, há quanto tempo, se o dinheiro está aplicado. Porque ter dinheiro e não aplicar ou deixar a comunidade com algumas necessidades, porque ao não conseguir chegar na casa, o cidadão passa necessidade. Ele tem que colocar o remédio do gado e colocar nas costas para chegar na propriedade dele. Então no mínimo é incoerente o discurso do governo, e antes que venham com qualquer discurso, nunca torci para nada dar errado na minha vida,a gente vive no mesmo barco, mesmo avião, façam a analogia que quiserem, mas temos que cobrar. Temos um monte de gente reclamando, não estamos sendo inconseqüentes, verificamos primeiro a reclamação para depois trazer pra cá”.
Ele completou: “Uma empresa privada tem que dar lucro, a Prefeitura não, ela tem que dar resultado. O vereador Jaime Lucas falou na semana passada que às vezes tem que acender o sinal de alerta e acho que esse é um sinal. Se tem dinheiro sobrando e gente reclamando do serviço prestado. Acho que tem sim que ter uma reserva de recursos, mas temos que ter critério”.
O vereador pedetista também fez um pedido de informações acerca da situação perto da Ponte da Várzea, onde um vizinho prestou auxílio. “Tenho recebido vídeo e cobrança das pessoas com casas inundando, pessoas sofrendo. Quem tem que executar é a Prefeitura e nós vamos continuar reclamando, pois é função do vereador reclamar, porque tem cidadãos reclamando”.

RESPOSTA DO EXECUTIVO

O TP entrou em contato com o prefeito de Pinheiro Machado, Ronaldo Madruga, que rebateu a fala do vereador, apesar de afirmar que ele está em seu papel de cobrar. Ele falou, primeiramente, sobre as ruas e estradas. “Temos ainda problemas de infraestrutura, algumas ruas vão passar por conserto, outras receber calçamento. Já as estradas rurais, sabemos que há trechos muito comprometidos, mas a equipe está trabalhando, apesar de não termos como atuar em vários pontos. O município está comprando caminhão, prancha e retroescavadeira para melhorar a infraestrutura”.
Ronaldo também se manifestou acerca dos recursos em caixa. “Acredito que não seja uma incoerência, seja uma metodologia de conservadorismo, de precaução com as finanças públicas, porque não adianta eu não ter nenhum fluxo de caixa. As despesas são correntes e são despesas ordinárias. Estamos vivendo num período que a inflação está disparada, a taxa Selic (básica de juros) e o dólar estão altos, e com isso acontece uma diminuição nos recursos. Não me sinto ofendido com a fala do vereador, não é possível atender todos, acho que é uma fala que não teve uma sintonia com a realidade e com a preocupação financeira do futuro, onde temos obrigações com precatórios, previdência e vale-alimentação que precisam ser honrados sem atraso. O bônus vem em breve, muita notícia boa virá e Pinheiro Machado vai se tornar mais quatro anos um canteiro de obras”.

ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO

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