SAÚDE PÚBLICA

Vigilância Sanitária de Pinheiro Machado alerta para importância da denúncia sobre alimentos em más condições

Segundo a coordenadora, publicações em redes sociais não são consideradas denúncias

Segundo a publicação, o alimento estragado foi comprado em uma padaria local Foto: Divulgação TP

Um assunto já recorrente está “dando o que falar” nas redes sociais dos pinheirenses nos últimos dias: alimento impróprio para consumo sendo vendido no comércio local. O registro foi publicado por um morador, que disse ter recebido o aviso e resolveu passar adiante para informar a população. “Recebi um alerta a respeito disso aí comprado numa padaria aqui de Pinheiro Machado e resolvi alertar o público, pois não acho justo as pessoas pagarem por coisas podres e nem esses sem vergonhas venderem coisas velhas e podres”, consta no Facebook. O munícipe também cobrou ações da Vigilância Sanitária, dizendo já ter ocorrido outros casos no mesmo local – o qual disse que não citaria para não ser processado. A publicação recebeu diversos comentários e, a partir daí, surgiram outros depoimentos e opiniões a respeito.

REAÇÃO – No início da semana, sem citar o caso específico, a assessoria de comunicação da Prefeitura divulgou o número de telefone da Vigilância Sanitária para denúncias e reclamações: (53) 3248 3051. Ainda segundo exposto, o setor atua “com um conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir em problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde”.

REPERCUSSÃO – Durante a sessão ordinária desta semana, o tema também foi abordado por alguns vereadores. Renato Rodrigues (PSDB) lembrou que o setor já contou com profissional bastante atuante e que acabou sendo retirado do cargo.

Fábio Dias (do mesmo partido) disse saber que há atuação do setor responsável, mas que o tema requer mais atenção porque traz riscos à saúde de toda a população. Cássio Garcia (Progressistas) aproveitou seu espaço de fala para alertar também sobre os riscos tanto de julgar quanto de defender alguém ou algum estabelecimento comercial diante de cada situação dessas. “Temos que ter muito cuidado em relação a esse assunto, porque é preciso ter provas de onde comprou para fazer uma denúncia, do mesmo modo que a Vigilância Sanitária precisa cobrar do pequeno igual cobra do grande empresário. Às vezes são casos de mau acondicionamento ou manuseio, coisas que podem acontecer com todos nós, até na nossa própria casa, mas precisamos ir corrigindo para evitar novos casos e consequências”, disse o presidente do Legislativo.

O SERVIÇO – Em contato com a coordenadora da Vigilância Sanitária, Marina Scheer, o jornal buscou entender na prática como funciona o serviço disponível no município e que integra a Secretaria de Saúde e Ação Social. “As visitas são feitas periodicamente, dando sempre preferência para estabelecimentos que possuem um risco maior à saúde da população, como grandes mercados que possuem tanto açougue quanto padaria, restaurantes e lancherias”, disse. No município, segundo ela, há apenas uma fiscal atuando no setor e uma grande demanda. A profissional realiza visitas periódicas nos estabelecimentos comerciais para renovação de alvará sanitário, além de participar de ações com o apoio da Polícia Militar, Ministério Público e Secretaria de Saúde do Estado.

FISCALIZA E ORIENTA – Além de fiscalizar, o trabalho também visa a orientação em relação às boas práticas para garantir continuidade da prestação de serviços por parte dos estabelecimentos, ao mesmo tempo que preza pela saúde da população. “Durante as visitas, todos os estabelecimentos são orientados, sendo feita uma notificação com as devidas providências a serem tomadas, contendo ainda um determinando prazo para tais adequações e mudanças solicitadas”, detalhou.

AUTUAÇÕES – Questionada sobre os casos de autuações e interdições dos estabelecimentos comerciais, a coordenadora explicou que isso só pode acontecer em situação de flagrante – através do serviço de fiscalização – cometendo alguma infração sanitária que possa transmitir riscos à saúde da comunidade.

DENÚNCIAS – Em conversa com o jornal, Marina Scheer fez um importante alerta para a população: é preciso denunciar para a própria Vigilância Sanitária. “Postagens em redes sociais não são consideradas formas de denúncia, visto que a Vigilância Sanitária sempre está disponível através do endereço físico da Secretaria de Saúde e de meios de comunicação, como e-mail e telefone. Para ser feita qualquer denúncia deve haver a comprovação de compra do produto, por isso é tão importante sempre exigir nota fiscal nos estabelecimentos”, disse. As denúncias podem ser anônimas. Já em relação ao caso exposto, a reportagem foi informada que o local não foi autuado por não ter sido registrada denúncia e irregularidades durante a fiscalização.

ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*

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