Viver em OFF

Esta coluna sempre procura escrever alguma coisa interessante e de preferência positiva que venha acontecendo. O problema ultimamente é encontrar assunto que me deixe contente de ocupar o espaço.
Vi que esta semana mais um acidente de trânsito ocorreu no trevo da Vila Operária. Lembro vagamente de ter ouvido alguém tratar da necessidade de se fazer um viaduto neste lugar com amplo histórico de acidentes, alguns com mortes. Nestas ocasiões sempre haverá alguém para colocar a culpa em A ou B. A culpa é da ausência de um viaduto. Se um dia fizerem ali um viaduto nunca mais haverá acidentes como os que têm ocorrido neste local. Problema não é humano, é técnico. Se colocarem um pardal em cada sentido antes do cruzamento também resolve, mas não é tão seguro quanto um viaduto e a solução se dá pela imposição do medo da pena e não por solução técnica mais adequada.
Conversando com o vice-prefeito de Hulha Negra, Igor Canto, este me disse que o município não vai colocar a contrapartida citada nesta coluna na obra de pavimentação do trecho de acesso ao Marfrig. Ponderei que usei dados colocados em matéria jornalística publicada e que o município não questionou. Uma empresa com o lucro que teve o Marfrig em 2021 necessitar que uma comunidade com poucos recursos como Hulha Negra coloque valores para pavimentar o acesso à empresa seria de pouca ética, para não exagerar no palavreado.
Em julho vou passar uns dias em Hulha Negra e região. Vou conversar com as bases políticas e dar uma sondada analisando o que fazer depois de outubro, quando começa um novo ciclo eleitoral, o das próximas eleições de prefeito e vereadores. Alguém que lê deve pensar: – mas nem terminou a de presidente, governador, senador, deputados estadual e federal. É, mas articulações políticas são feitas numa caminhada longa que a maioria da sociedade tem poucas noções sobre como acontecem. Conversando a gente se entende. Eu não vou concorrer, mas não significa que não serei ouvido.
Também já vi que as chamadas “redes sociais” se emocionaram, negativamente, com o lançamento de candidaturas a deputado(a). Tempo de eleições é tempo de “vale tudo”, baixaria pra cá, baixaria pra lá, acusa daqui, mentira que agora chamam de fake, repostagens de conteúdos improcedentes, enfim, faz parte. De uma coisa eu me convenço, a cada dia que passa, em tempos de “redes sociais” melhor é ficar o mais distante possível. Como alguém me ensinou dia desses, “viva em OFF o máximo que puder. O que ninguém sabe, ninguém estraga”.

* Originalmente este conteúdo foi publicado no jornal impresso

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