CANDIOTA

Acordo de trabalho na UTE Pampa Sul está entre os melhores do RS

Foram mantidas todas as cláusulas do acordo de 2017, mesmo aqueles que se tornaram facultativos após a reforma trabalhista

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Assembleias dos trabalhadores aprovaram o acordo

Assembleias dos trabalhadores aprovaram o acordo Foto: Divulgação TP

Já está em vigência o novo acordo coletivo de trabalho 2018/2019 firmado pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada do Rio Grande do Sul (Siticepot/RS), que visa a reposição salarial e do vale alimentação dos trabalhadores da Usina Termoelétrica (UTE) Pampa Sul, que está sendo construída em Candiota. Em reunião ocorrida em maio de 2018, os representantes das empresas Sdepci, Niplan, Cobrazil, Profab, Colméia e M. Roscoe, o presidente do Sitcepot, Isabelino Garcia e a comissão dos trabalhadores, deliberaram sobre os termos do acordo coletivo já discutido no ano anterior. Na oportunidade, ficaram estabelecidos 5% de reajuste salarial (enquanto a inflação aponta apenas 2% no período), 24% de reajuste no vale-alimentação, além de mantidas todas as cláusulas contratuais e as horas in itineres (tempo de deslocamento entre a casa do trabalhador e o canteiro de obras).

Daniel e Isabelino  estiveram na redação do TP anunciando o acordo coletivo

Daniel e Isabelino estiveram na redação do TP anunciando o acordo coletivo Foto: J. André TP

Conforme Isabelino, que esteve na redação do TP na última semana, acompanhado de Daniel Santos – membro comissão de negociação da UTE Pampa Sul e presidente do Sindicato da Construção Civil de Candiota -, este talvez seja o melhor acordo de trabalho feito este ano em todo o estado do Rio Grande do Sul. Ele lembra que muitas cláusulas, como as horas in itineres, foram mantidas, mesmo que a reforma trabalhista tenha desobrigado o empregador. “Isso tudo foi feito na base da negociação, sem que tivéssemos paralisações”, enfatiza o sindicalista.

Daniel lembrou que a conquista foi resultado das tratativas das duas grandes assembleias promovidas pela categoria. “São em torno de 30 empresas no canteiro – de grande e pequeno porte, com 4,5 mil trabalhadores de todo o país e conseguimos isso sem fazer nenhuma paralisação esse ano”, destacou.

DIÁLOGO – Isabelino fez questão de frisar que do ano passado para este houve uma grande evolução no relacionamento entre as empresas e o sindicato, principalmente com a chinesa Sdepci – que é a epcista da obra, com o aumento do diálogo e a transparência nas negociações. “Começamos a resolver os problemas de forma pontual, não deixando eles aumentarem e isso se torna bom para todos”, pondera Isabelino.

O dirigente sindical ainda frisou que a Sdepci e as empresas também estão com um olhar mais social e sensível as questões da comunidade, colaborando para a resolução de problemas.

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