ECONOMIA

Fases A e B da Usina de Candiota vão fechar, afirma jornal

Comunicado da CGTEE à CRM expilicita na desativação

Comunicado da CGTEE à CRM explicita a desativação Foto: J.André

O Jornal do Comércio, em sua edição impressa de ontem (18), em reportagem assinada pelo jornalista Jeferson Klein, afirma textualmente que as fases A e B da Usina de Candiota serão fechadas até o fim deste ano.

Lembrando que a Engie Brasil Energia (antiga Tractebel) – empresa que constrói em Candiota a UTE Pampa Sul -, desativará a termelétrica de Charqueadas em dezembro, o jornal assinala que a planta, administrada pela Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE), seguirá o mesmo caminho, ficando em funcionamento apenas a fase C, inaugurada em 2010.

A fase A possui 126MW e a B com 320MW de potência instalada, sendo que somadas elas correspondem a cerca de 11% da demanda média de energia do Rio Grande do Sul. A fase C possui 350 MW.

Conforme o jornal, a CGTEE ainda não se pronunciou publicamente sobre o assunto, mas o presidente da Companhia Riograndense de Mineração (CRM), Edivilson Brum, foi quem detalhou a possibilidade concreta de fechamento. “O atual contrato celebrado entre as duas empresas assegura, anualmente, o fornecimento de 800 mil toneladas de carvão da CRM para as fases A e B e mais 1,7 milhão de toneladas para a fase C. O dirigente revela que a proposta do novo acordo, recém apresentada pela CGTEE, prevê o encerramento do abastecimento das fases A e B e a redução para 1,2 milhão de toneladas para a fase C”, assinala um dos trechos da reportagem.

Ainda, a correspondência encaminhada à CRM, afirma que a partir de janeiro de 2017, as fases A e B estarão totalmente descontratadas de venda de energia ao Sistema Interligado Nacional, razão pela qual não há mais causa contratual para a subsistência do acordo de aquisição de combustível para as unidades. O documento prossegue indicando que existem outros fatores externos que também impedem a CGTEE de manter a aquisição de quantidade mínima de carvão prevista para as duas fases.

Vale lembrar que um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), firmado entre a estatal e o Ibama, determina a interrupção da fase A até 31 de dezembro de 2017 e a B até o fim deste ano, caso não haja implantação do sistema completo de abatimento de material particulado e dióxido de enxofre. De acordo com o comunicado, “não será implantado o referido sistema, devendo ser desligada a Fase B até 31 de dezembro de 2016”. Além disso, a CGTEE admite que, após análise de um processo que tramitou pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o órgão regulador concluiu pela perda das condições técnicas e operacionais da fase A, fato que torna o empreendimento passível de iminente decretação da caducidade da concessão.

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