O momento

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Os dias vão passando em meio ao anseio coletivo de voltar à normalidade.

Embora as medidas adotadas por governadores e prefeitos já tenham dado resultados relevantes, a tese de que não podemos parar vem ganhando espaço quando não devia. A abertura da economia, quando a infestação de coronavírus se amplia, levará ao resultado óbvio que todos conhecemos, muito mais tempo para sairmos da crise. Quem sabe alguém até promova a “festa dos cinquenta mil’, para junho, e a dos “cem mil”, para julho, início de agosto. Festa para “beber” os mortos.

Trump e Bolsonaro, os médicos cientistas da “cloroquina” estarão no pódio do mundo, em primeiro e segundo lugares. E Bolsonaro aspira o primeiro, que poderá conseguir, embora a população do Brasil seja bem menor, dois terços da população dos Estados Unidos.
Depois de alguns dias em que o governo fez o possível para que o povo acreditasse que, engrossando, as forças armadas interviriam, as manifestações, minguadas, de apoio ao presidente vem encontrando ofensiva contrária. Como nenhum dos líderes políticos de oposição vai cometer a bobagem de incentivar o povo a ir às ruas, os movimentos têm pouca adesão, sensatamente observados por muitos que gostariam de estar nas manifestações.
Enquanto isto, a crise econômica, que recém começa a dar sinais, com o expressivo número de pessoas que vem sendo demitidas e de empresas que estão fechando, está longe das pautas dos diálogos políticos e sociais.
Dia desses, alguém falou que a recuperação se dará tendo como um dos pilares o agronegócio. Parece-me que sim. Este é o setor que poderá dar respostas rápidas.

A Bolsa de Valores indica que os investidores brasileiros não estão dispostos a tolerar uma queda brusca nos valores das ações. A Bolsa, que já andou perto de 120 mil pontos, caiu para pouco mais de 60 mil e voltou ao patamarde 90 mil, bem razoável se considerarmos o momento.
Faltando pouco mais de dois anos para a próxima eleição presidencial, o governo que já vinha levando o país ao declínio econômico, que se pode constatar pelo PIB de 2019, e que manteria a situação caótica após a reforma da previdência, levando milhares à condição abaixo da linha da pobreza, com a crise de saúde está paralisado. E assim permanecerá, ao que tudo indica. “Pérolas da coroa” vêm sendo perdidas, como a exclusão de Moro, de Regina Duarte, de Mandetta, enfim, o governo empobreceu seus quadros nos últimos tempos e se aproximou do “Centrão”, para não cair logo.
O Centrão é aquele grupo de deputados que a gente nunca sabe “quem o Centrão comprou ou quem comprou o Centrão?”. Em qualquer hipótese, o prejudicado será o povo.

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