Falta passar por um processo de aceitação e homologação por parte do Estado, o resultado do leilão realizado no átrio do Foro de Bagé, para a venda do Complexo da Cooperativa Tritícola Assis Brasil, em Hulha Negra.
Através de uma execução fiscal do estado o complexo foi novamente a leilão nas últimas semanas, através do leiloeiro João Honor Coirollo de Souza, que tinha como meta principal vender os bens em um único arremate, avaliado em mais de R$ 3 milhões e meio.
A Prefeitura de Hulha Negra entrou no processo como interessada em arrematar o complexo que hoje abriga em suas áreas salas comerciais compostas por lancherias, salão de beleza e uma loja, localizada na área central do município, bem como residências, um CTG, a estação rodoviária e o ginásio municipal, parte de maior interesse do Executivo, pois trata-se do local onde é realizada a maior festa do município, a Festa do Colono.
Dias antes do leilão, o prefeito de Hulha Negra Renato Machado já havia confirmado ao Tribuna do Pampa (TP) o interesse pela área, informando que na época uma lei estava sendo enviada para a Câmara de Vereadores para que o Executivo pudesse participar do leilão e fazer uma proposta dentro das condições do município.
Com a realização do leilão e a proposta feita pela Prefeitura, o Executivo chega mais próximo do objetivo de arrematar a área já em parte utilizada pelo município através de locação. De acordo com a procuradora jurídica de Hulha Negra Dirce Medeiros, o município fez a proposta a parte interessada, ou seja, ao Estado, mas questões burocráticas e algumas tratativas ainda não tornam o município proprietário legal do complexo. “A Prefeitura fez a proposta via judicial, mas o Estado ainda necessita dar vista para todas as partes interessadas. A arrematação, por parte da Prefeitura de Hulha Negra só ocorrerá, de fato, após a Procuradoria Geral do Estado (PGE) aceitar a proposta e formalizar o processo”, explica a procuradora.
O prefeito Renato Machado estava cumprindo agenda em Porto Alegre, porém ao ser procurado pelo TP, o vice-prefeito Igor Canto manifestou satisfação e otimismo quanto à formalização do arremate que tornará o município proprietário da área do complexo. Questionado, na ocasião, sobre de que forma o município deverá utilizar os prédios após a homologação, Canto confirmou informações já repassadas ao TP. “Única certeza que temos é de que queremos terminar com o pagamento de alugueis para a instalação de prédios públicos. Sem dúvida é melhor a Prefeitura pagar por um prédio de sua propriedade. Certamente iremos organizar as secretarias na área, bem como algumas reformas, a longo prazo, necessitarão ser feitas”, afirma o vice-prefeito.
ÁREAS ARREMATADAS – Relembre o que deverá pertencer ao município após confirmada a compra da área e o processo passar por homologação, entre terrenos e construções já existentes: terreno com área de 8.318,250 m²; terreno com área de 6.354 m²; terreno no loteamento Rio Negro, de 3.807 m²; ginásio: com área construída de 2.098,41 m², com galpões (depósitos); banheiro antigo: área construída de 13,68 m²; sala 1: com área construída de 91,12 m²; sala 2: com área construída de 164,81 m²; sala 3: com área construída de R$217,70 m²; depósito antigo: com área construída de 431,07 m²; loja construtora: com área construída de 693,99 m²; sobrado: com área construída de 368,26m m²; depósito 1 e 2: com área total construída de 456 m²; antiga balança: com área construída de 144,00 m²; imóvel 1: com área construída de 60,00 m²; imóvel 2: com área construída de 184,50 m²; imóvel 3: com área construída de 194,75 m²; imóvel 4: com área construída de R$ 57,40 m²; imóvel 5: com área construída de 49,00 m²; imóvel 6: com área construída de 55,50 m²; imóvel 7: com área construída de 86,58 m².