AUXÍLIO TÉCNICO

Produtores rurais de Pedras Altas começam a receber assistência técnica e gerencial do Senar-RS

O programa tem duração de dois anos e é totalmente gratuito

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Representantes do Senar-RS e produtores rurais estiveram reunidos no Sindicato Rural Foto: Gislene Farion TP

A manhã desta segunda-feira (11) foi marcada pelo início da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Rio Grande do Sul (Senar-RS) no Sindicato Rural de Pedras Altas. Na oportunidade, além dos profissionais responsáveis pela atividade, estiveram presentes os produtores rurais já pré-selecionados pela entidade para participar do programa voltado à ovinocultura.

Durante a reunião de abertura, Marina Martins de Vasconcellos, supervisora de campo da região, explicou como vai funcionar a assistência, a duração das visitas nas propriedades e respondeu questionamentos dos participantes presentes. Neste dia, a zootecnista também esteve representando o supervisor de ATeG da cadeia da ovinocultura no Estado, Alcides Renato Braga Soares.

Sobre o programa, a profissional contou que a ideia é garantir um atendimento técnico para o aperfeiçoamento da produção. “Dentro da ATeG o nosso principal foco é G, de gerencial. O Senar-RS percebeu que hoje o que mais estava dificultando as coisas de irem para frente é parte de gestão dentro da propriedade. A gente sabe que tem que encarneirar a ovelha, esquilar a ovelha, vender o cordeiro e todo aquele processo, mas a gente se perde na hora de fazer, de como fazer e do quanto investir. Por isso vamos nos dedicar durante esse período na parte da gestão e do financeiro para que vocês tenham realmente uma lucratividade”, disse Marina.

Conforme detalhou, o programa está dividido em diagnóstico da propriedade, planejamento estratégico, adequação tecnológica e formação complementar para melhorias processuais e análise sistêmica de resultados. Todas essas etapas são de responsabilidade do técnico de campo, Leonardo Santos Farion, que fará o contato direto com os 30 produtores inscritos no programa em Pedras Altas. A ATeG não tem custos aos participantes e a duração do trabalho é de dois anos.

PRIMEIRA ASSISTÊNCIA – À tarde, ainda no mesmo dia em que a ATeG foi oficialmente lançada em Pedras Altas, a primeira assistência já foi realizada pelo técnico de campo. Na oportunidade, o zootecnista esteve na Estância São Francisco, localizada a 5km da sede do município, de propriedade de Francisco Py Crespo Junior. Neste primeiro encontro, com duração de 4h como vai ocorrer mensalmente com todos os participantes, Leonardo realizou a visita de diagnóstico – uma conversa entre o profissional e o produtor para entender o perfil da propriedade.

Francisco Py Crespo Junior foi o primeiro produtor a receber a visita da equipe do Senar-RS

Além deles, fez parte da visita a supervisora de campo e a reportagem do Tribuna do Pampa. Com cerca de 160 ovelhas na propriedade, Francisco contou que investe principalmente na soja e na pecuária, mas vê de forma bastante positiva a chance de também empreender um olhar mais atento para a ovinocultura. “Aqui a soja e a pecuária já se sustentam, então por que não fazer o mesmo com a questão da ovinocultura? Nosso clima é extremamente favorável, vai ser importante contar com um profissional para que seja feita essa troca de ideias e também tornar a criação de ovinos algo forte e sustentável dentro da propriedade. Venho de uma época em que as coisas tinham fundamento, sei que nada melhor do que contar com a ajuda de um técnico aqui para me auxiliar e dizer como fazer, como vai ser mais rentável, onde e de que maneira devo investir”, falou o agrônomo.

Durante a conversa, o produtor rural, de 68 anos, disse que a intenção é integrar as duas filhas aos próximos encontros para que se tornem parte dessa nova linha de produção do que também é delas. “Nessa altura da vida têm horas que a gente dá uma esmorecida. Apesar de ter muitas ideias do que fazer aqui, realmente falta saber como estruturar a parte prática e a gerencial. Vocês chegaram em boa hora, precisamos interagir para fazer a coisa andar e sei que vocês vão poder me ajudar a tirar esse monte de ideias que eu tenho da cabeça. Tendo tudo bem conversado e bem trabalhado o programa tem tudo para dar certo”, afirmou Francisco.

De acordo com o técnico de campo, essa vontade de querer investir na ovinocultura já é parte importante do caminho a ser percorrido daqui para frente. “De início já identificamos muitas coisas possíveis de se fazer na Estância São Francisco para que os ovinos estejam em melhores condições e sejam mais rentáveis. Isso, aliado à vontade do produtor em querer investir na ovinocultura e acreditar no trabalho do Senar-RS, já é o início de um ótimo trabalho que vamos poder realizar juntos”, disse Leonardo.

A pedido da reportagem, o produtor rural garantiu uma nova visita da equipe do TP ao final do ciclo de dois anos do programa para conferir o que foi possível fazer a partir da ATeG e a nova fase da propriedade pedrasaltense com esta terceira e importante linha de produção.

Durante a visita, o produtor rural mostrou os ovinos e a estrutura da Estância São Francisco

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