Tempo instável

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O Brasil registrou em 2019 superávit comercial (diferença entre exporta­ções e importações) de US$ 46 bilhões. O resulta­do é 20,5% inferior ao apu­rado no ano anterior, US$ 58 bilhões, e representa o menor desempenho desde 2015, quando o saldo foi de U$S 19,5 bilhões. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comér­cio Exterior do Ministério da Economia.

Quando um país registra superávit comercial, significa que exportou mais do importou, em produtos e serviços. Entre janeiro e dezembro de 2019, as ex­portações somaram US$ 224,01 bilhões, uma queda de 7,5%, pela média diária, em relação ao ano anterior (2018), que registrou US$ 239,26 bilhões. No acumu­lado do ano passado, as importações somaram US$ 177,34 bilhões, uma queda de 3,3% sobre as compras internacionais em 2018.

Nos dois primeiros meses de 2020 o país exportou menos que em 2019, pouco mais de 10% a menos, e importou o mesmo, em valores, que nos dois primeiros meses de 2019.

Comecei com dados estatísticos para mostrar que as exportações representam valores expressivos no contexto da economia nacional. Segundo o IBGE, o PIB brasileiro ficou em R$ 7,3 trilhões. Se transfor­marmos em dólares, pela cotação atual, cerca de US$ 1,5 trilhões. Logo, pode-se concluir, o desempenho da economia global é muito importante para o Brasil e esta, em 2020, está comprometida de forma ainda desconhecida e, a princípio, amplamente, em razão da repercussão do coronavírus no planeta.

Esta pandemia vem sendo tratada no Brasil com algum descaso. O presidente fala como se fosse uma “marolinha” enquanto nos Estados Unidos o presiden­te fecha as portas do país para o mundo e a maior competição esportiva do país foi suspensa, a NBA, de basquete. Na Europa, jogos de futebol sem público na Champions League. A Itália está parada, regiões da China, a segunda maior economia do planeta, também.

Na economia brasileira, a Bolsa de Valores que vinha crescendo na base da especulação e não no aumento da produção, caiu rapidamente e poderá cair mais.

Os primeiros casos de infectados no Rio Grande do Sul já surgiram e o controle é difícil. Enquanto a ciência procura soluções para reduzir os efeitos, é con­veniente que todos se informem sobre como prevenir e sobre como identificar casos suspeitos.

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