Mundial de clubes

Quem gosta de futebol nos últimos dias andou, como eu, envolvido com as imagens e as notícias do Campeonato Mundial de Clubes. Sem nenhum dos times ditos gaúchos na competição, ainda dá para especular como andam os brasileiros Flamengo, Palmeiras, Fluminense e Botafogo. Todos estes recheados de estrangeiros.

Que o futebol brasileiro já não tem a expressão que teve no passado todos sabemos. Como os bons jogadores aqui nascidos estão sendo adquiridos antes dos dezoito anos por clubes europeus, nos resta buscar nas equipes da América do Sul, principalmente, alguém que não tendo muito destaque por lá, a ponto de ser adquirido pelos europeus, possa vir para cá ocupar espaços que estão difíceis de serem ocupados pelos daqui com um mínimo de qualidade.

Quando vimos jogos da Champions League e depois vimos os jogos do campeonato brasileiro a primeira impressão é de que assistimos esportes diferentes. Não é por acaso. Nas últimas competições entre clubes de diferentes continentes, mundial ou intercontinental, os europeus ganharam dezessete e os sul-americanos ganharam três. Nas três que ganhamos os times europeus jogaram melhor, mas futebol nem sempre tem lógica.

Concluída a fase de grupos, os quatro brasileiros estão classificados para as oitavas de final. Serão quatro partidas até o final. O Botafogo surpreendeu o Paris Saint Germain numa partida em que o time francês entrou com um time misto e o Botafogo se segurou. Para muitos, a diferença entre times sul-americanos e europeus não é lá estas coisas. Quando o Flamengo ganhou do Chelsea com autoridade a imprensa chegou a conclusão que estamos quase no mesmo nível.

O fato é que no Brasil o futebol de várzea quase acabou e o quase está quase saindo da frase. Quase acabaram com os campeonatos regionais. Um dia desses acabam. Times tradicionais estão fechando todos os dias pelo Brasil e o jovem brasileiro prefere o celular ao futebol.

Só que não. Até aqui Botafogo, Fluminense e Palmeiras apresentaram um futebol muito limitado. O Flamengo é o único que parece ter bola para chegar próximo dos melhores europeus. O problema do Flamengo é que para chegar à final terá de vencer Bayern de Munique, Paris Saint Germain e Real Madrid, se é que o Real Madrid não vai fugir deste lado da tabela daqui a pouco (estou escrevendo antes da última partida do Real Madrid na fase de grupos).

Palmeiras ou Botafogo, um deles passa às quartas de final, pois jogam entre si nas oitavas, e com sorte o vencedor chega à semifinal. É o limite. Flamengo e Fluminense não me parece que tenham chances de chegar à semifinal.

O problema maior de muitas equipes é o calor. A intensidade do jogo cai muito e as equipes se dedicam a jogar o máximo que podem 30 minutos da partida. No resto do tempo vão levando. Se o time inferior conseguir se segurar pode haver uma surpresa, mas não acredito muito.

A superioridade de Atlético de Madrid e Paris Saint Germain sobre o Botafogo foi evidente. Chelsea, Benfica e Borússia estão longe dos melhores da Europa na atualidade.

Quem vem forte é o Bayern de Munique, o Paris Saint Germain, o Manchester City, e se o Real Madrid melhorar um pouquinho já está no páreo. Me parece que os outros correm por fora e se o Brasil colocar um na semifinal estará muito bom.

O fato é que no Brasil o futebol de várzea quase acabou e o quase está quase saindo da frase. Quase acabaram com os campeonatos regionais. Um dia desses acabam. Times tradicionais estão fechando todos os dias pelo Brasil e o jovem brasileiro prefere o celular ao futebol.

O mundial de clubes neste formato nos mostrará que somos apenas coadjuvantes.

JÁ FOI NOTÍCIA NO IMPRESSO

 

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