Durante a inauguração, diretor-presidente da CCGL, Caio Viana, reafirmou a convicção do grande potencial da bacia leiteira regional Foto: J. André TP
A terça-feira desta semana foi voltada para demonstrar a potencialidade da bacia leiteira da região. O dia iniciou na Câmara de Candiota, com um seminário que reuniu cooperativas, produtores, lideranças políticas e estudantes.
Na oportunidade, a Cooperativa Central Gaúcha Ltda (CCGL), com boa parte de sua direção, expôs a situação atual da produção leiteira no RS, apresentou o projeto Assis Brasil para qualificar a cultura e também mostrou casos de sucesso de produtores associados, entre eles, uma família de Candiota.
Pela manhã de terça, em Candiota, aconteceu um seminário promovido pelo Cideja
Já a tarde foi reservada para a inauguração oficial da Unidade de Captação e Beneficiamento de Laticínios da Campanha, em Hulha Negra, de propriedade da CCGL. A unidade está localizada às margens da BR-153, em direção a Caçapava do Sul e já está em funcionamento há cerca de quatro meses.
Fita inaugurativa foi descerrada pelo prefeito Campani e diretores da CCGL Foto: Samuel da Rosa/Assessoria PMHN
Reunindo autoridades, lideranças políticas, empresariais, de cooperativas e sindicais, além de produtores, a inauguração ocorreu em clima festivo. O diretor-presidente da CCGL, que também preside a Cooperativa Agropecuária Júlio de Castilhos (Cotrijuc), Caio Viana, assinalou a felicidade daquele momento, bem como, a crença na potencialidade leiteira da região. “Esta inauguração representa um novo ciclo da pecuária do RS, porque é a proximidade de uma região com grande potencial para produzir leite, com a ‘vaca feliz’ e a produção sustentável e baixa emissões de carbono. A CCGL está muito contente com este novo momento e que ele venha contribuir para que o Estado retome aquela importância que sempre teve na produção leiteira”, disse.
Para o prefeito hulhanegrense, Fernando Campani (PT), com a nova unidade, o município conquistou uma referência do modelo de desenvolvimento que o governo local atual sustenta. “Que é uma economia verticalizada, que agrega valor na matéria-prima. A CCGL é uma parceira confiável e que traz muita qualidade aos nossos produtores, que vão poder olhar para o horizonte e ver mais segurança para produzir”, aponta.
Diversas autoridades e lideranças da região prestigiaram o evento
A UNIDADE
Com investimentos de R$ 35 milhões, a nova unidade já recebe leite de cerca de 430 produtores na região, responsáveis por uma produção média mensal de mais de 6,2 milhões de litros de leite ou 200 mil litros diários. Contudo, a unidade possui capacidade para dobrar esta produção com um volume diário de 400 mil litros.
Segundo a CCGL, além de modernizar a cadeia de produção, a nova unidade trará benefícios diretos à economia local com a criação de mais de 70 empregos diretos e indiretos e, no primeiro ano de operação, um volume de mais de 72 milhões de litros de leite será processado.
EVAPORAÇÃO
Conforme o gerente Industrial da CCGL, Rogério Perchim, a tecnologia aplicada na nova unidade permite uma redução significativa no volume de carga do leite para ser transportado até a fábrica da cooperativa, em Cruz Alta, no Noroeste do RS.
Segundo ele, o leite chega cru da propriedade, há um rebaixamento da temperatura e após ele passa por um processo de evaporação, quando numa temperatura de 75ºC e devido a uma pressão negativa, é possível fazer a separação da água contida no leite, que corresponde a dois terços do volume. O que precisaria de três caminhões para carregar leite cru, se utiliza apenas um. “Alem disso, a água extraída é tratada e reutilizada no processo de limpeza industrial, dentro de uma visão de sustentabilidade”, destaca Rogério.
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