A copa e o dia-a-dia

Estou em Buenos Aires e acompanhei o jogo da seleção da Argentina numa cafeteria. Por aqui parece que futebol é algo muito mais importante que no Brasil. Uma multidão anda de camisas da seleção e entre os que usam uma camisa com o nome de jogadores pelo menos nove em dez tem o nome de Messi.

Após o jogo com a Croácia que classificou a Argentina para a final uma festa impressionante tomou conta da cidade. Na Av. Corrientes, que leva ao obelisco pude ver que pelo menos um quilômetro estava tomada de torcedores argentinos que faziam uma festa como se tivessem ganho um título. Só vi algo maior em Porto Alegre quando o Internacional chegou, campeão do mundo em 2006.

Como era esperado por mim, a copa ficará entre um dos cinco que citei semanas atrás. Alemanha, Espanha e Brasil não confirmaram. Em nenhum momento levei fé no time do Brasil que mais uma vez caiu em jogo onde poderia ter vencido, muito antes da final, mas poderia ter dado certo se os jovens, no momento oportuno tivessem confirmado as mais otimistas expectativas. De certa forma, deu a lógica.

Domingo, me parece, a França é a favorita. Mas em final tudo poderá acontecer. Até mesmo Messi ser campeão do mundo aos 35 anos, algo que não aconteceu com nenhum dos grandes da história do futebol, que foram campeões mais jovens ou não foram, como Zico ou Cruiff.

E encerrando a Copa do Mundo estaremos de volta as nossas coisas do futebol, com o gauchão começando logo ali e a gente torcendo para ganhar o regional, do qual fazemos pouco, mas é o que temos para ganhar ultimamente com Grêmio ou Internacional.

Mas como nem tudo é futebol, Lula foi diplomado e as coisas da política continuam andando rumo a posse que acontecerá como previsto. Neste meio tempo, o presidente eleito anunciou alguns ministros e resolveu correr o risco de colocar no Ministério da Fazenda um nome que poderá dar o que falar e também poderá atrapalhar, Haddad. Este, que já foi prefeito de São Paulo, ainda precisa mostrar a competência que não mostrou quando prefeito e que muitos não acreditam que tenha. Indicação de risco na minha opinião.

Finalmente, com pequenas idas e vindas, o tal de mercado vai se adaptando ao fato inevitável de que Lula será presidente, dólar e bolsa de valores estão dentro de padrões razoáveis. Quem apostou numa decadência dos indicadores com a vitória de Lula não tem o que comemorar.

Comentários do Facebook