AGRICULTURA FAMILIAR

Agroindústrias de Candiota e Hulha Negra falam sobre a primeira participação numa edição da Expointer

 

 

Em 2023, na 46ª Expointer, em Esteio, assim como em outros anos, Hulha Negra e Candiota estão representadas por produtores originários da agricultura familiar. Queijo, doce de leite, suco de uva integral e vinho colonial das agroindústrias Zago e Piazza participam pela primeira vez do evento que está em sua 46ª edição. As participações dos produtores estão sendo acompanhadas pelo Instituto Nacional de Colonização da Reforma Agrária (Incra) no Estado.

 

AGROINDÚSTRIA ZAGO

Família Zago está com oferta de queijos diversos Foto: Divulgação TP

No estande 212, o casal Sueli e Zair Zago, de Hulha Negra, inaugurou sua participação na Expointer com a expectativa de comercializar 700 quilos de queijo (de diversos tipos) e 45 potes de doce de leite. Toda produção é fabricada na agroindústria da família, instalada há três anos no assentamento Capivara. “A esperança é vender tudo o que trazemos. O primeiro final de semana foi muito bom e estamos bem animados”, afirma Sueli.

Ela conta que ano passado foram conhecer o evento, e com a experiência em feiras ao longo deste ano por diversas cidades, foram incentivados a se inscrever para integrar o Pavilhão. “Vimos que os produtos tinham aceitação, nos diziam para expor aqui. E deu certo, estamos muito felizes!”. O queijo colonial e o doce de leite foram inscritos no concurso que escolhe os produtos da agricultura familiar destaques todos os anos na Expointer.

Assentados da reforma agrária há 23 anos, os Zago criaram as duas filhas (de 25 e 17 anos) e o caçula de 10 anos próximos à pecuária leiteira. “A agroindústria foi uma forma de agregar valor ao preço do leite, que era muito baixo. E também como incentivo para os filhos permanecerem na terra”, justifica Sueli. A primogênita é formada em Agronomia e a outra filha se prepara para cursar Veterinária – ambas ajudam no lote e na queijaria.

Atualmente, o rebanho da família produz 400 litros de leite por dia: metade é comercializado em laticínio da região e a outra parte direcionado à agroindústria. A produção de queijo colonial, muçarela, requeijão, doce de leite e leite condensado ocorre mediante a demanda das feiras e das vendas para mercados e restaurantes da região. Os assentados também entregam o produto a quartéis e escolas, via programas institucionais de aquisição de alimentos.

 

AGROINDÚSTRIA PIAZZA

Suco de uva integral foi o mais procurado no estande da família Piazza Foto: Divulgação TP

A família Piazza, assentada em Candiota, também é estreante na Expointer e levou para o público suco de uva integral e vinho colonial. “É uma oportunidade para apresentar nosso produto e vender o estoque”, comenta Milton Zanatto Piazza.

Nessa primeira participação, a agroindústria familiar disponibilizou 260 litros de suco e 270 litros de vinho, à venda no estande 216. Segundo ele, a maior procura no final de semana foi pelo suco.

Milton, o pai e um primo – todos do assentamento Boa Vista do Butiá – iniciaram o projeto de vitivinicultura há cinco anos, com o objetivo de diversificar a produção. Juntos, possuem um hectare e meio de parreiras das espécies bordô, niágara branca e rosa, isabel e francesa preta.

A atual safra rendeu 2,5 mil litros de suco e 2 mil litros de vinho. O registro das bebidas no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) foi finalizado em janeiro, e a Expointer é a primeira experiência em eventos de grande porte. “Está sendo bem interessante porque as pessoas procuram, levam nosso cartão e perguntam se podemos enviar por transportadora”, diz Milton.

 

* Com informações do

Incra/RS

ORIGINALMENTE ESTE CONTEÚDO FOI PUBLICADO NO JORNAL IMPRESSO*

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