10 ANOS DO TP

As caras que fazem e fizeram o TP – Silvana Antunes

Ao longo dos 10 anos do Tribuna do Pampa, vários profis­sionais integraram a equipe, e seja por pouco tempo ou muito, todos deixaram e alguns ainda deixam sua contribuição para que o TP se consagre e mostre em suas pá­ginas o desenvolvimento regional. Como forma de relembrar alguns profissionais, homenageá-los e parabenizar o jornal, seguem importantes declarações de alguns profissionais considerados “As caras do TP”.

Silvana Antunes Foto: Divulgação TP

Como escrever o próprio depoimento em um material de tua própria autoria? Me questionei antes de participar de um momento tão importante para o jornal, seus 10 anos. Ao contrário de outros jornalistas que passaram pelo periódico, integro a equipe atual do Tribuna do Pampa e, talvez por isso, seja um momento ímpar poder participar da construção deste especial.

Natural de Dom Pedrito, comecei a fazer parte da equipe do TP em março de 2017. Des­de então, já são centenas de edição impressas e conteúdos escritos para o site. Costumo dizer que o jornalismo é uma escola diária, pois a cada entrevista realizada, a cada matéria publicada, é um novo aprendizado e uma bagagem que acu­mulamos, ainda mais quando podemos contar com uma equipe unida e receptiva quanto a troca de informações.

Saí de um jornal semanal local, o Folha da Cidade, de Dom Pedrito, para o Tribuna do Pampa, bissemanal com notícias regionais e con­tatos diários com pelo menos cinco municípios; de conteúdos construídos de forma quase totalmente presencial, para notícias curtas ou reportagens especiais feitas pelo WhastApp ou ligações tele­fônicas. A mudança foi intensa e junto a ela, um desafio, ser também a diagramadora do jornal. Aprendi a me reinventar e reconstruir, até mesmo me descobrir em um jornal que hoje faz parte da minha rotina diária e da minha vida.

 

MOMENTOS MARCANTES – Ser jornalista é ter uma profissão que permite o acúmulo de vários momentos inesquecíveis, e sejam bons ou ruins, todos eles deixam sua marca e aprendizado. No Tribuna do Pampa já foram momentos apreensi­vos, empolgantes e matérias tristes que fazem o dia terminar meio cinzento. É difícil citar momentos específicos, muitos têm deixado sua marca em minha trajetória profissional.

De outros jornais carrego na memória en­trevistas marcantes de homicídios, por exemplo, onde a tristeza e cenas fortes deixam a gente sem dormir direito por vários dias; mas no TP, algumas histórias de superação de pessoas, que vivem de maneira simples, mas deixam sua contribuição na sociedade, trazem uma importância e me marca­ram por serem exemplos diante da sociedade atual em que vivemos. Posso citar a de um coletor de recicláveis de Hulha Negra nas horas vagas e que é exemplo diário, e a de uma idosa cortadora de grama – entrevistas e matérias simples, mas que tocaram meu coração pela determinação e luta diária, que me fizeram refletir sobre o meu próprio papel na sociedade.

Do jornal também carrego a lembrança de uma cobertura jornalística especial de uma das edições da Festa do Colono, em Hulha Negra, onde trabalhei os três dias da festividade com o pé machucado, onde a cada pisada ao chão meu pé latejava – e ainda assim eu tentei não perder nenhum momento (parte também por poder contar com o apoio e auxílio do meu esposo que aprendeu também a gostar do jornalismo); a participação efetiva em uma cobertura de eleições municipais; recentemente, quando o editor chefe testou positivo para a Covid-19 e ao olhar para os lados, pensei: “Meu Deus, preciso fechar as edições, preciso pen­sar, colocar em prática e dar meu melhor. Acredito que deu certo, a cada fechamento, no outro dia, o TP estava lá nas bancas e nas residências dos leitores”.

São tantas situações, tantos momentos, mas não poderia deixar de destacar os feedba­cks positivos dos materiais publicados – aquelas mensagens de agradecimento e felicitações pelo trabalho, que impulsionam e estimulam a procurar cada vez mais levar ao leitor o jornalismo pelo qual fiz juramento na faculdade – de forma imparcial, com credibilidade e responsabilidade.

10 ANOS DE TP – Ao fazer uma análise do TP ao longo dos seus 10 anos, penso que cumpriu e ainda cumpre seu papel de mostrar o desenvolvimento regional. Ao pesquisar uma matéria publicada, folhear uma edição anterior é possível perceber a história e evolução dos municípios e região. Apenas por isso o TP merece ser parabenizado e valorizado, mas acrescento ainda, por se firmar e resistir na imprensa regional, no sul do Rio Grande do Sul, onde é muitas vezes difícil fazer um jorna­lismo em que as pessoas levem a sério e mostrar a importância da notícia na construção da sociedade.

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