TRANSPORTE ESCOLAR

Associação de Estudantes de Candiota presta contas na Câmara

Dieinifer Marques Munhóz preside a Aescan Foto: Reprodução TP

Por inciativa do vereador Guilherme Barão (PDT), dois diretores da Associação dos Estudantes de Candiota (Aescan), compareceram na última quarta-feira (22), na Câmara, para prestar contas sobre o trabalho da entidade. O encontro foi presidido pela vereadora Hulda Alves (MDB).

A Aescan, há muitos anos é a responsável por organizar o transporte de estudantes que precisam se deslocar para Bagé em busca de ensino técnico ou superior. Para tal, a entidade recebe um subsídio previsto em lei, de 50% do valor total mensal gasto para transportar os estudantes.

O vereador Guilherme justificou seu pedido dizendo que havia sido procurado por estudantes que se queixaram do valor alto da mensalidade, além do que, segundo ele, como a Aescan recebe recursos públicos, é dever do vereador fiscalizar. “Não se trata de desconfiança, apenas queremos esclarecer a comunidade”, disse.

Conforme a presidente da Aescan, Dieinifer Munhóz, a entidade voltou as suas atividades agora em setembro, tendo atuado anteriormente apenas em fevereiro e março de 2020 e depois paralisado em função da pandemia. A dirigente explicou que a entidade ficou com uma fama de má pagadora perante as empresas de ônibus da cidade, inclusive em função disso se tendo dificuldades na contratação, mas que a sua gestão vem mantendo os pagamentos rigorosamente em dia. Ela explica que o subsídio da Prefeitura somente é liberado após ser apresentada a prestação de contas, inclusive com análise do Controle Interno. “Além disso, todos os meses fizemos a prestação de contas aos usuários”, destaca.

Conforme foi explicado pela Aescan, atualmente o valor de cada ônibus tem um custo diário de R$ 650,00. Neste mês foi contratado apenas um ônibus, mas no mês que vem, em função da volta das aulas na Universidade da Região da Campanha (Urcamp), provavelmente serão dois ou três veículos contratados. Como a Prefeitura subsidia até 50% do valor (com um teto estabelecido pela lei 1953/2018 e com valores corrigidos anualmente pelo IGPM), o restante é rateado entre alunos subsidiados e não subsidiados, numa conta matemática e contábil, variando o preço mensal de acordo com o número de usuários e ônibus contratados.

O vereador Guilherme se referiu a dívidas com quatro empresas, deixadas, segundo ele, pelas gestões anteriores – algo em torno de R$ 72 mil. O vereador prometeu convocar os diretores da Aescan destes períodos para explicarem esta situação. O diretor da Aescan, Ruan Batista, que acompanhou a presidente, afirmou que a atual diretoria só podia responder pelo período que está à frente e não por gestões passadas.

Participaram do encontro ainda a vereadora Luana Vais (PT), e os vereadores Dino Pech (PTB) e Diego Lima (MDB). A vereadora Luana fez questão de frisar a importância da Aescan, lembrando que a entidade foi fundamental para sua formação, se colocando à disposição, assim como os demais vereadores se colocaram.

O vereador Guilherme, por fim, deixou claro, mais uma vez, que se tratava de exercer o papel fiscalizador da vereança, reafirmando que irá convocar os presidentes de gestões anteriores, bem como, pedindo que a Aescan remeta ao Legislativo também as prestações de contas mensais.

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