SAÚDE

Autoridades afirmam que Candiota não necessita de atenção especial em relação ao coronavírus

A equipe da 7ª CRS esteve em Candiota na última semana Foto: Sabrina Monteiro/Especial TP

O Ministério da Saúde con­firmou, nesta quarta-feira (26), o primeiro caso de um brasileiro infectado pelo novo coronavírus (Covid-19). Trata-se de um homem de 61 anos, morador da cidade de São Paulo, que esteve a pouco no norte da Itália. Ao re­tornar da viagem, ele apresentou os sintomas compatíveis com a doença (febre, tosse seca, dor de garganta e coriza).

Até o início da tarde desta sexta-feira (28), havia 132 casos suspeitos no país – 70 na região sudeste, 10 na região centro-oeste, 37 na região sul, 15 na região nordeste e nenhum caso suspeito na região norte. No Rio Grande do Sul, a Secretaria de Saúde confirmou que investiga 21 casos espalhados em sete municípios pelo Estado – apenas dois necessitaram de internação hospitalar para observação, em Santa Maria e Passo Fundo, mas os casos não são graves*.

CANDIOTA Até então, a popula­ção da Capital do Carvão era a mais apreensiva devido à circulação de chineses no município que utiliza essa mão-de-obra específica nas usinas. Na última semana, pen­sando justamente em sanar essas questões e promover ações mais efetivas caso houvesse necessida­de, o titular da 7ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), Ricardo Necchi, esteve em Candiota para abordar o caso com a equipe da Prefeitura e da Secretaria de Saúde. “Formamos um Centro de Opera­ções de Emergências em Saúde Pública e nossa prioridade foi realmente a situação de Candiota devido a esse trânsito de chineses. Estivemos reunidos com o prefeito em exercício, Gil Deison Pereira, e com os profissionais da área para conversar e esclarecer todas as dúvidas sobre o novo vírus. Em contato com as empresas da região, foi informado que desde a conclusão das obras, em novembro, esse público tem apenas saído do município e não retornado mais”, esclareceu.

Com essa afirmação, Ri­cardo, que também é médico, disse que foi possível tranquilizar a equipe local, a população e todos de um modo geral. “Desde então passamos a tratar Candiota como todas as outras cidades do Brasil em relação aos riscos e cuidados. Sem essa incidência de chineses por aqui, o município entra no plano nacional e não necessita de uma atenção mais especial como preví­amos inicialmente”, afirmou ele.

Ainda segundo o titular da 7ª, todas as equipes da região estão mobilizados para atender pacientes suspeitos de contaminação pelo co­ronavírus. Na próxima quinta-feira (5), uma nova reunião ocorrerá em Bagé para definir outras ações.

*Informação atualizada em relação à edição impressa. 

 

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