DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Beatriz Souza (PSB) – Bagé

Beatriz Souza Foto: Divulgação TP

Maria Beatriz Silveira de Souza, Beatriz Souza ou Bia como é conhecida, 51 anos, casada, e mãe de Laren Silva, é formada em Direito e ativista pela causa animal. Foi presidente da ONG Núcleo Bageense de Proteção aos Animais – NBPA. Hoje, continua apenas como voluntária. Foi a primeira coordenadora do Bem-Estar Animal, em 2014, na cidade de Bagé e está em seu segundo mandato como vereadora.

Apresentou várias iniciativas de proteção animal em Bagé e palestrou em várias cidades do Rio Grande do Sul. “Tudo isso buscando a conscientização através da Educação Humanitária. Esse tipo de medida ajuda diretamente na diminuição da violência. São 40 anos de história na proteção dos Direitos dos Animais e do meio ambiente em geral. Comecei como vereadora da causa animal, mas certamente essa não é minha única bandeira. O objetivo é fazer o que estiver ao seu alcance para ajudar todos os setores da cidade”, destacou Bia.

Quando questionada se a vereadora acredita que as mulheres deveriam ter mais espaço na política, Beatriz é enfática. “Definitivamente sim! Nesse último dia 24 de fevereiro comemoramos 89 anos do voto feminino no Brasil e ainda não conseguimos uma representatividade significativa de mulheres na política. Somos mais de 50% da população brasileira, apesar disso, no Congresso Nacional só temos 15% de parlamentares do sexo feminino. Isso porque esse ambiente ainda é muito hostil e machista para nós. O que faz com que muitas mulheres não queiram ingressar nele. Nós parlamentares temos que criar mais políticas de incentivo para que mulheres votem em mulheres. Só nós podemos defender nossos direitos com propriedade”, completa.

Beatriz Souza foi a 1ª Procuradora Adjunta da Mulher na Câmara de Vereadores de Bagé. Entre as ações para dar suporte aos movimentos sociais que lutam pela igualdade de gênero, “realizamos uma ‘Roda de Conversa sobre Políticas Públicas para a Mulher no Município’, onde discutimos todas as leis existentes para mulheres. Recebemos sugestões de mudanças, e de novas leis a serem implementadas. Também realizamos audiências públicas para discutir medidas de combate a violência contra a mulher e políticas públicas para a população LGBTQIA+. Delas saíram solicitações da comunidade como o ambulatório de atendimento especializado a população trans que funciona atualmente junto ao Centro do Idoso. Entre as leis que criamos para as mulheres estão a 5.896/17 sobre Medidas de Combate a Violência Obstétrica e Neonatal em parceria com o ex-vereador Luís Alberto Chico, e 5.900/17 Programa ‘Mulher sua Saúde e seus Direitos’ que trata da difusão dos direitos das mulheres em três principais áreas: saúde, educação e trabalho. Além de prever uma educação social de empoderamento com a difusão da Cartilha do Respeito. Pretendo, em parceria com a vereadora Cáren Castencio, poder contribuir mais ainda para a garantia dos direitos das mulheres em Bagé”, salienta Beatriz.

“Apesar de ainda termos muito trabalho pela frente, temos que reconhecer os grandes avanços das mulheres na conquista de inúmeros espaços antes tidos como predominantemente masculinos. Cada vez mais temos mulheres ocupando espaços de poder. Com isso, vemos o crescimento da inovação e de uma forma mais flexível de liderar. A contar que há apenas 89 anos o discurso era que a ‘natureza não havia nos criado para nada mais que cuidar da casa e dos filhos’. A evolução de nossos direitos está se dando de forma bem rápida. A pandemia tem que nos fazer refletir a respeito de como olhamos para o próximo, do respeito que temos com a organização social e de como a sociedade está mudando. Enquanto muitas pessoas estão morrendo, a polícia tem que dispersar inúmeras festas clandestinas. Precisamos trabalhar mais a empatia, tantos perderam seus entes queridos de forma muito rápida, isso é muito sério. Protejam a si próprios e aos outros. Sigam as medidas de segurança até que consigamos vacinar a todos. Isso vai acabar e devemos conter o número de mortes. Em contrapartida há muitos que estão conseguindo criar formas de deixar seu trabalho para empreender. Acredito que o futuro trará muito mais trabalhadores autônomos e fi co feliz que estão indo por essa linha. Recebemos muitos desempregados em nosso gabinete, necessitando de ajuda”, encerra.

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